Frugalidade. Palavra que enche o coração.

Tempo de leitura: 3 minutos

Cada vez compro menos, cada vez gasto menos, cada vez preciso de menos.
Quando comprei o meu iphone fiquei uma semana a sentir-me desajustada e culpada. Já não tinha a ver comigo ficar a pagar um tanto por mês, por uma máquina.
Depois encarei como um instrumento de trabalho e lá relaxei. Porque trabalho com Mac realmente dá jeito, e vá… não se pensa mais nisso.
Compro a roupa que preciso, que vou mesmo usar. Com os meus filhos perco mais a cabeça, mas não fica nada guardado no armário com etiqueta anos… Não há nada em excesso. Não tenho os mil vestidos de festa para a girl como dantes. Tenho 2 ou 3, uns que já vieram do ano anterior. Outro que não resisti este ano e que se pode repetir caso haja uma ou mais ocasiões especiais. O boy repete dois calções, ora cinzento, ora azul, e está feita a festa. Depois têm roupa do dia a dia, barata e prática porque tudo se estraga ou deixa de caber depressa. Compro mais brinquedos de madeira, feitos à mão e instrutivos, para desporto ou jogar em conjunto, em vez dos decorativos e que duram apenas até à paixão acabar. Faço mais trabalhos manuais com eles. A minha casa cada vez se despe mais e põe-se cómoda e prática. Gasto mais em comida melhor, mas pouco em médicos e hospitais. Sou cada vez mais avessa a coisas. {O mundo não aguenta tantas “coisas”}. As coisas distraem-nos do essencial. E afinal há tanto que é de graça e que vale muito mais.
{Felicidade feita com dois fatos de banho, uma praia, duas crianças e um pau de madeira}Sem títuloSem título
IMG_3919-2Sem títuloSem títuloIMG_3922IMG_3871IMG_3938

23 thoughts on “Frugalidade. Palavra que enche o coração.

  • O sentimento por aqui tem sido igual. E desde que tive o meu filho que se acentuou muito mais a necessidade de adquirir menos bens materiais, porque às tantas com a duplicação de tarefas dei-me conta do quanto só atrapalham. Eu diria mesmo que nos engolem.

  • Realmente a Rita é cada vez a referência certa na maternidade em Portugal.
    Ainda hoje estive a ler um post, nem sei bem porque ainda perco tempo, e a perceber que as pessoas têm os valores todos trocados. Dantes ainda achava piada, agora é mais do menos e não traz nada de novo, para além de uma vida vazia e impossível para a maioria das pessoas.
    Parabéns Rita! Você que podia ser uma armada em boa e é simples.
    Passa aqui a melhor mensagem que pode haver. Espero que a sociedade a leia em massa e a imite. E não a outras referências…
    Um beijinho enorme.
    Sofia Sousa

  • ui…cada vez mais penso desta forma… antes comprava tudo e mais alguma coisa para elas …agora faço bem as escolhas! não compro 4 fatos banho compro 2 apenas porque se por acaso um estiver molhado… não compro vestidos de festa pois as festas que vamos ( tirando as de familia) está sempre envolvido um jardim e…jardineiras ou calças de ganga são a melhor opção para brincarem e sujarem-se…. recebo roupa das primas …e reutilizo!…prefiro gastar em memórias, exposições livros ( estes já optei por ir a biblioteca!!) jogos mais tradicionais….tenho ipad porque me ofereceram mas abomino a obsessão que os miudos de hoje em dia têm com o ipad e acessórios…. ser criança é brincar ao ar livre, criar memórias sem cartão usb!

    o caminho é mesmo esse … daqui a uns anos eles vão agradecer e lembrar….. das brincadeiras como nós nos lembramos das nossas!

    beijinhos i

  • Adorei este post ! Tão diferente de quase todas as mães blogers, onde a maioria dos post são acerca de roupas, colares, sapatos… ter e mais ter ! Engraçado que depois 2 vezes ao ano aproveitam para fazer uma pseudo caridade! Less is more!

  • Eu ainda tenho dias…Há dias em que me apetecia comprar, outros em que penso será que preciso mesmo disto?! Já não compro por impulso, até porque não posso mas também porque agora apenas compro o que quero mesmo muito e/ou preciso. A roupa das crianças é maioritariamente herdada, aprendi a vender peças de roupa e brinquedos na kid to kid, não fico rica, mas não só levo akguma coisa, como estou a contribuir para o comércio tradicional e postos de trabalho.
    Seja de que maneira for nada é desperdiçado, e cada vez mais acho que estou certa na minha abordagem. O ter e o haver têm de ser cada vez menos importantes!

  • Gostei muito deste post, Rita, como aliás de quase todos do seu blog.
    É tão verdade o que diz! O essencial é mesmo invisível aos olhos e a felicidade faz-se com tão pouco, basta estarmos atentos! Será essa a lição a tirar destes dias que vivemos?
    Um beijinho e parabéns pelas fotos, estão lindas!!!!

  • Tudo verdade o que diz. Mas o que mais me marcou foram as fotografias… Parto amanhã de férias para o outro lado do rio…

  • Adorei <3 Acho que é mesmo uma nova era. A semana passada tive de tirar tudo de casa porque lembrei-me de a alugar no Verão (vivo no Algarve) e depois de encher quase 100 caixotes, apercebi-me de que passamos a vida a querer ter coisas e mais coisas, a achar que precisamos disto e daquilo. Para no fim acharmos que temos coisas a mais e que viveríamos com menos de metade.

  • Ola Rita, desde a uns dias que comecei a seguir as suas palavras mágicas neste blogue, e o certo é que me identifico muito com aquilo que escreve. Sou mãe de 2 meninas e realmente com o passar do tempo aprendemos a valorizar a vida de uma forma mais simples.
    Obrigada

Responder a Anónimo Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *