Carta aos meus filhos #4

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Queridos filhos. Daqui, mãe.

Vai haver sempre alguém com sentimentos menos sérios. Podem ser amigos, colegas, conhecidos ou desconhecidos. Pode ser movido a inveja, a maldade, a cobiça. Podem ser descobertos logo, ou nunca. 
Vai sempre haver alguém que não é tão puro como mostra. Que não vos quer tão bem como diz. Vai sempre haver alguém que não tem coragem de dizer na cara, que se esconde no anonimato, na cobardia, que vai minando e consumindo devagar.
Queridos filhos. Eu não devia ter escrito estas linhas para eles. Assim é como devem fazer… Não percam o vosso tempo a pensar onde estão estas pessoas. Não percam o vosso espírito a tentar mostrar o que não são. Não percam a vossa alegria com quem não a merece. Não percam o vosso amor com quem não lhe dá valor.  
Acreditem, mesmo assim, no ser humano, mas sigam sempre o vosso caminho contando convosco. Alinhem a vossa coluna e apoiem-se na força das vossas pernas e na moral do vosso coração. Foquem-se na verdade. Tudo o resto é soltar. Às vezes, o vento traz de volta o que lhe foi largado. De bom e de mau.
Adoro-vos, mãe.


Adoro-vos,

Mãe

2 thoughts on “Carta aos meus filhos #4

  • Rita, obrigado por expressar de forma tão verdadeira e assertiva aquilo que eu tento dizer à minha filha.
    E aquilo que a minha querida mãe me repete vezes sem conta de cada vez que me insurjo com atitudes que me revoltam as entranhas.
    Ainda arranjo coragem para lhe dar um beijinho um destes dias…. quando nos cruzarmos…. na escola das nossas princesas….
    Beijinho no coração

    . margarida .

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