Podem passar mil anos que o reencontro é como ontem.
A minha amiga Filipa já cá está e com ela trouxe aquela paz e o seu projecto para amantes de yoga. Obrigada pelo presente, amiga. Namaste é a minha cara.
Podem espreitar a Filipa aqui.
P.S. Prometo tornar-me pró a fotografar posições de yoga. 😉
Escrevo muito sobre o tempo. Sobre o tempo que falta, sobre o tempo que passa, sobre o tempo para nós… Se fosse uma sofredora seria ele o meu desamor. Seria a ele a quem dirigia todos os meus males. Um amor platónico não correspondido e algo doentio.
Mas não sou. E então passo o tempo a ver como nos podemos dar bem. Como vamos conciliar personalidades tão distintas, ainda assim tão dependentes.
Vou pedindo, exigindo, reclamando. Às vezes não me queixo. Quase sempre bato a porta e volto-lhe as costas. Mas regresso. Dormimos muitas vezes de costas voltadas, comigo a achar que nunca mais iremos fazer as pazes. Mas acordo pronta a partirmos do zero. Explico que sem ele não me sinto inteira, que a vida me foge, que não consigo educar assim. Sem tempo ser mãe, ser humana, é uma tarefa inglória, mesmo que possa ser o suficiente para ser mulher. Não quero ser rica, não quero ter um corpo espetacular, não quero uma casa nova, não quero uma carreira, projetos, objectivos, não quero nada. Não quero ser prisioneira do dia-adia, de to do lists, de agenda, de resoluções. No entanto o tempo é um luxo. Quero-o. Agradeço-lhe por todos os bocados que me dá como pedra preciosa. Dou as mãos ao tempo e aperto-o contra mim. Oiço o ritmo lento do seu coração e acompanho. Travo. O tempo é este. Nunca vai mudar. Mas eu posso.
Adoro a Filipa. Já leio o blog e os textos na Máxima há algum tempo. É sempre uma inspiração. Beijo