E as saudades…

Tempo de leitura: 2 minutos

do meu boy assim…

(À saída da maternidade!)
Tive duas cesarianas!
A primeira não correu muito bem. 
Foi um parto provocado, às 38 semanas – porque sim (?) –
muito doloroso e que me deixou marcas,
do tipo física e, um bocadinho também, das psicológicas.
Tinha estado 7 meses de repouso em casa, com contracções 
e o colo do útero apagado e sempre pensei que a girl 
saísse de escorrega!
Não!!! Foi uma cersariana a ferros (sim, isto existe!)
e não foi nada bom! 
Tive uma grande desilusão
porque não estava mesmo à espera de uma coisa assim,
nem de um sofrimento tão grande,
que nem me deixou aproveitar a minha bebé que tanto precisava de mim.
O vestido que levei grávida para a maternidade

não me cabia à saída…

Demorei muito tempo para recuperar, tive problemas a amamentar,

e não me liguei a ela no primeiro instante. 
Depois de tudo isto
(já esqueci as coisas más mas se soubesse o que sei hoje…)
o amor foi crescendo e tomando proporções gigantescas…
até hoje… e para sempre!
Com ele, o segundo, já foi tudo diferente.
Tudo, menos ter sido cesariana, mas uma das boas.
Quase não tive dores, a amamentação (esquecendo a subida do leite)
foi um paraíso e foi amor à primeira vista.
Se me perguntarem as diferenças acho que AGORA sei explicar.
No segundo filho, não tinha expectativas!!!
Já sabia que tinha de ser cesariana
– porque ao fim das 40 semanas não saía nem por nada –
apesar de ter estado até à última a tentar o parto normal.
Na primeira, era insegura, pouco informada
e não lutei a sério pelo parto normal.
Mudei de hospital, de médico e de atitude!
Reduzi visitas, dicas e parei à escuta do meu instinto.
Prometo deixar aqui as fotos dela da saída da maternidade,
(eu giganteeeee!!!) assim que as passar para este computador.
– Já agora se alguém souber uma solução de juntar
computadores em rede ou outra magia para milhares de fotos
seria mega!!! –
Fica agora esta recordação do boy...
e com isto, passaram-se dois anos dele, quase quatro dela!
Se agora há diferença no amor de um para o outro?!
Claro que não!
É para lá de duas imensidões de paixão e peito ardente!

15 thoughts on “E as saudades…

  • Olá Rita…
    Fez-me bem ler este post…Estou grávida da 2ªfilha, com 39 semanas de gestação.
    Agora que estou em "final countdown" estou com um friozinho na barriga que julgava não existir numa mãe de segunda viagem. Da primeira vez correu bem felizmente e tenho uma filha linda…e por algum motivo não consigo tirar da minha mente preocupações como o parto e principalmente se está está tudo bem com a bebé (apesar de tudo me assegurar que sim!).
    É por isso que me soube bem ler o post…relembrou-me que da 1ªvez também correu bem porque ia sem expectativas, pronta para tudo, no fundo!
    Ao remexer agora nas coisinhas da mana crescida, dei por mim com saudades de tudo…Passa tão depressa e parecem longe os tempos de quando era tão pequena ao ponto de caber naquelas roupinhas minúsculas! Também me ponho a rever fotografias com esperança de voltar a sentir aquele cheirinho bom de quando detinha o privilégio de a poder ter horas a fio nos meus braços.
    Ela cresceu tanto e eu cresci outro tanto com ela…Agora que estamos as duas crescidas penso que estamos prontas para acolher a pequena que aí vem e que de certeza criará memórias igualmente tão boas (daquelas que teremos saudades!)

    P.S: Cá em casa as fotos estão num disco externo wireless acessível a todos os computadores!

  • Rita,

    tenho apenas um filhote (que também nasceu de cesariana com ferros). Uma das coisas que mais me custou foi a recuperação de que fala…quando todas as mamãs que conheço e passaram por uma cesariana, recuperaram em 15 dias, eu levei meses até me conseguir mexer decentemente sem ajuda :-). A minha médica foi (e é) extraordinária! Eu não sei no seu caso, mas no meu sempre achei que se poderia ter devido a uma "menos boa" condição física (ginásio não é lá muito para mim :-)), será? Não faço ideia…mas que sofri, sofri!!!! Hoje não tenho a mínima dúvida de que tudo valeu a pena!

    Eu sempre disse que "enquanto me lembrar, o M. é filho único" mas, ao ver este post, deu-me algum ânimo para pensar que a segunda pode correr melhor se alguma vez voltar a pensar nisso com afinco ;-).

  • Olá Rita,

    Que bom poder partilhar estes momentos e relembra-los. Ainda só sou mãe de um menino e sendo mãe de primeira viagem, criei algumas expectativas, imaginei como seria, como me iria sentir, enfim, uma verdadeira novela.
    No dia que o S. nasceu eu estava sozinha em casa e acordei cedo como todos os dias, pronta para ir trabalhar. Estranhamente fui atacada por umas cólicas sem explicação e que fizeram questionar sobre o que teria comido no dia anterior que me estivesse a provocar estas dores…..burrinha lá está! O meu baby boy estava pronto a conhecer o mundo e eu ali sem saber bem o que fazer, o pai da criança fora no Alfeite e eu ali!!! Liguei à mãe que me veio ajudar e ainda enviei uns quantos emails de trabalho, não fosse não ter tempo. E assim fui eu toda contente, maternidade dentro e acabei por ficar mesmo. Desengane-se quem acha que ter um filho é tipo "Empresa na hora"…pode levar 5 minutos, como horas, como dias. O meu levou quase 10 horas para nascer. Dentro da sala de partos e após avaliação médica tive a certeza que em termos do feitio o meu S. era igual a mim….teimoso e não quis nunca descer. Mas a sua teimosia podia ter-lhe custado a vida. A indecisão entre parto natural ou cesariana ainda rondou a sala, mas como a ministra não queria cesarianas, toca de fazer força, força e nada. Duas epidorais depois e sem sentir o que quer que fosse, lá fui fazendo uma espécie de força para ajudar na expulsão. A minha mãe ao fundo com ar de pânico (como o de quem nunca teve filhos). Em segundos o meu batimento cardíaco do S. baixou abruptamente e algo estava errado. A mãe é forçada a sair, são chamados mais 2 obstetras e eu ali, sem uma única palavra amiga de incentivo. Depois de mais 1000 tentativas é colocada a ventosa e o meu S. nasce e…não chora, não interage, não me é colocado em cima, não o consigo ver porque é tapado por uma série de gente que, o reanimava. Cinco minutos de silêncio em mim, sem saber o que se passava, mas a vontade de viver foi mais forte e um mega choro brotou daquela pobre criatura que apenas com minutos de vida já tinha passado a sua primeira prova.
    O nosso laço também não foi imediato, pois separava-nos uma incubadora e alguns aparelhos, ou como disse o pai, "o meu filho está na chocadeira".
    Quando me foi trazido ao fim de umas horas como que por instinto aprendeu a mamar e foi assim até aos 11 meses.
    Passaram dois anos, um mês e dois dias, mas voltaria a repetir tudo de novo. Somos apenas um e o laço que nos une é forte demais para ser quebrado.
    Só se aprende o significado da palavra mãe quando de facto o somos!
    São muitas as histórias e emoções que são vividas em salas de parto, casas, ambulâncias, enfim tantos locais onde finalmente nasce mais uma VIDA!

    • conheço a sensação… todos nos explicam que logo que eles nascem choram …errado … nem sempre! a minha também não chorou e só vi-a ( por um cantinho da mesa ( cesariana) as enfermeiras e auxiliares a andar de um lado para o outro com o ambu ..( o qual percebi logo que algo estava errado!) de repente oiço uma enfermeira : – aiii estou-me a sentir mal tenho de sair …na minha cabeça só me passavam flashes!!! ate que veio a neonatologista chamar o pai à porta ( a uns 3 metros da mesa…) e diz : a sua filha vai para a incubadora tem um problema de oxigenação e vamos chamar o cardiologista… agora tem de informar a sua mulher … pois claro eu já tinha ouvido a 3 metros de mim queria oq???…
      São sensações indiscritiveis… com este drama todo e a espera que nos mata … não consegui amamentar e criei ( até hoje) uma aversão à amamentação, a qual não vou sequer tentar nesta segunda!…
      mas tudo passa e os melhores momentos sobrepõem-se aos maus!!! quando chegou até nós tão pequenina e com aquele cheiro tão caracteristico e bebé….. passa todo o sofrimento!

      Inês Leal

  • Olá Rita,

    Eu também fiz 2 cesarianas (nas 2 gravidezes tinha a placenta envelhecida). A primeira foi HORRÍVEL, senti-me uma máquina de lavar roupa em modo centrifugação, enjoei, a recuperação foi horrível. A minha filha tinha cólicas, berrava dia e noite, como me sentia um "zombie" também confesso que a ligação não foi instantânea…
    Na 2a temia o pior e foi super tranquila, o meu filho é muito calminho e eu senti-me uma leoa orgulhosa do seu filhote…
    2 experiências também completamente diferentes mas um amor imenso pelos 2 🙂

  • Bom. O que se passou consigo no primeiro filho passou comigo no segundo. E o primeiro ano de vida do meu segundo filho ainda me traz lágrimas aos olhos de penoso que foi.

  • Ohhh gostei tanto das vossas historias!!!
    E é tão bom ver que por mais dolorosa que seja a experiência, nasce sempre um grande amor… O maior de todos!
    Beijinhos a todas e obrigada pela partilha!

  • Olá Rita,

    mais um post que mexe comigo. A minha gravidez, segundo dizem :), e tal como correu,foi uma gravidez santa! do início ao fim foi tudo maravilhoso, apenas algum cansaço no início, mas penso que foi a adaptação do corpo (só me apetecia dormir :)) e uma constipaçãozita no final que deu direito a antibiótico. Tirando isso perfeita, tão perfeita que o rapaz não queria sair. Tentei até ao próprio dia que fosse parto normal, embora já estivesse aware para o facto de poder ter que ser cesariana, e foi! Foi provocado às 40 semanas e 5 dias, sempre a tentar o parto normal, mas como o rapazito não encaixava (a cada contracção o batimento cardíaco dele caía assustadoramente) Não havia maneira do Gui encaixar, à terceira tentativa seguimos de imediato para cesariana. Não custou nada, epidoral a cirurgia em si, nada, e 20 minutos depois já tinha o meu tesourinho cá fora, mais 10min e já estava agarrado à mama. A amamentação também correu lindamente, mamou até aos 11 meses e porque eu decidi que já chegava, já estava a ficar supecr cansada e dorida e para ele mama já só era mimo. Hoje tem 13 meses e é um reguila muito curioso! <3

  • esqueci-me do resto… adorava ter outro filho, mas o meu maior receio é não sentir a ansiedade, a emoção e o amor que foi com o Gui precisamente por já ter passado pela experiência… e ninguém me diz que será novamente tão perfeita.

  • E assim de repente deu-me vontade de partilhar também o nascimento da minha filha. A M nasceu de cesariana, mais ou menos programada e correu lindamente. Nada de dores (não sei o que são contracções, muito sinceramente); a amamentação correu no seu melhor e cheguei a ter medo que a mamas rebentassem a qualquer momento. Morria de vergonha quando atingiam o pico máximo de leite, a dita subida. Recusava-me a sair à rua sem echarpe ou cachecol (juro!) E a túnica que levei para o dia da saída da maternidade não apertava, ficando assim mais ou menos a descoberto o big soutien de amamentação (valeu-me a echarpe XXL). A mudar numa próxima gravidez e/ou nascimento: restringir as visitas (MESMO), ignorar algumas dicas ou sugestões e aproveitar (ainda mais) o momento apenas entre pai, mãe e irmã.
    big kiss

  • Que engraçado. Vim cá parar hoje e, a meia-dúzia de semanas do meu primeiro parto (ainda não sei se de cesariana porque o pequenote está sentado como um buda e feliz da vida, grande e gordo), não dou nada por garantido e sinto que tudo pode acontecer.
    Morta de medo, só pela saúde do bebé, que os médicos garantem estar óptimo, mas cuja certeza só vou ter quando o tiver cá fora, ao meu colo. Adorei as histórias todas que partilharam e se já achava que queria algumas coisas, agora tenho a certeza absoluta: não quero saber dos conselhos das minhas amigas; desenvolvi surdez selectiva para as inúmeras histórias de super-sucessos na amamentação; as visitas na maternidade só vão estar abertas ao pai, ao meio-irmão e aos avós; vou levar um vestido largo de malha que me sirva para sair, mesmo que saia maior do que entrei.
    E tenciono aproveitar cada minuto do meu bebé, apesar de já ter recebido 50 dicas diferentes para o treinar para dormir longe ;))

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