Ai Alentejo.

Tempo de leitura: 4 minutos

Foram dias maravilhosos.
Quer dizer, nos primeiros dois dias, entre um e outro, excitamento, estranhar os quartos, chegámos a pensar que íamos ter umas férias infernais.
Depois lá se foram habituando, acalmando, sentindo-se cada vez mais em casa. O que não é difícil nas Casas da Estação.
O sítio é maravilhoso. Numa típica vila do Alentejo, chamada Beirã, bonita, branquinha, silenciosa.
Um ambiente rústico, romântica e super bem decorada, com vista para o Castelo de Marvão. Lindo!!
Tem pouca gente, quase nenhuma nova. Mas isso há-de mudar um pouco por todo o país com os jovens – orgulhosamente – a regressarem à terra e origens. E que bonita terra.
O boy – mais afoito que ela – parece que sabe nadar sem aprender. A sério, vai debaixo de água sem problemas e a suster a respiração. O tanque – que boas recordações – é um dos charmes destas casas. Pequeno mas enorme para eles. Era onde muitas vezes se trocava o banho de banheira ao fim do dia e ficavam logo despachadinhos. E é pensar que precisamos de tão pouco para sermos tão felizes.
Ela estava doida com os animais. Burros, cavalos, vacas, cães… No carro, brincávamos a um jogo que era quem visse algum bicho “ganhava-o”. Ela tem manadas inteiras, é detentora de uma verdadeira riqueza fictícia.
Já nós… Foi arranjar espaços para namorarmos, lermos, descansarmos de um ano duro.
A casa onde ficámos não tem fogão. Só micro-ondas, frigorífico e tudo o resto que se precisa. Mas a verdadeira escapatória a cozinhar. Já chega todo o ano. 
Ou seja, ou íamos ao supermercado ou aos restaurantes. As doses são enormes – e maravilhosas – nestes sítios. Eu que nunca tive vergonha de pedir as sobras – tenho muito mais vergonha do desperdício – levava para casa e, uma refeição para 4, passava a duas refeições para 4.
Há tanta coisa gira e que me conquistou por completo nestas férias tão diferentes do que estamos habituados. Barragem de Póvoa e Meada, as piscinas da Portagem ou a Barragem de Apertadura.
Castelo de Vide é muito giro e a Vila de Marvão uma delícia.
Dá para andar de cavalo, burro, fazer BTT, escalada, ou simplesmente, não fazer nada.
Ainda fomos a Espanha, aproveitar um festarão pelo dia do Turista.
Venho de boca aberta com tanta beleza natural.
Agora que cheguei a casa vi que não tirei fotos a algumas coisas. Estava ocupada a viver o momento. Espero que me desculpem… 😉

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9 thoughts on “Ai Alentejo.

  • Olá Rita!

    Gosto muito do seu blogue, parece-me um blog genuíno e é bom ler algo nesses moldes:)
    Desculpe fazer aqui esta observação (bem intencionada) mas não encontrei o seu mail. Em algumas fotos, a sua girl parece ter os olhos "trocados", podendo indicar estrabismo. Penso que já devem estar atentos a essa temática, de qq modo aqui fica um alerta de uma mãe cuja filha tem estrabismo.
    Mais uma vez desculpe a intromissão.
    Tudo de bom para a vossa linda família!

    • Olá querida daniela.
      Eu também tive essa dúvida e quando ela tinha dois anos levei-a a um oftalmolgista.
      Parece que até a uma certa idade isto é normal devido à cana do nariz ser larga nesta altura e os olhos pequenos.
      Ele disse que não era nada e que não tinha de me preocupar… A verdade é que, se reparar bem, eu própria sou ligeiramente torta num olho…;)
      é capaz de sair a mim… 😉 Como diz o meu pai: dá charme! ;)))
      Obrigada e um beijinho

    • Que bom que não tem nada então:) a minha pequena de 3 anos, infelizmente, vai ter que ser operada para corrigir. Antes isso que coisas mais graves!
      Vou passando por aqui regularmente:)
      Um beijinho.

  • Olá Rita!
    É um prazer "lê-la". Sobretudo quando estamos tão longe do nosso cantinho, como é meu caso (trabalho em Oslo, Noruega).
    É também um prazer saber que andou pelas terras encantadas do norte Alentejo, mas é um prazer ainda maior saber que andou pelas terras onde eu, com a mesma idade do seus meninos fui tão feliz! Sou neta dessa terra e, este fim-de-semana, se conseguir, devo andar por aí para matar saudades.
    A minha avó e o meu pai são da aldeia da Escusa. Se foi a Castelo de Vide, vindo da Portagem, de certeza que passou por lá. Outra parte da família, são da raia espanhola, de uma terra muito próxima de Valência de Alcântara.
    Ainda bem que gostou… a mim vieram-me as lágrimas aos olhos com as suas fotos, com a falta que sinto da paisagem, da terra vermelha de barro, das piscinas (as novas e as velhas), dos passeios a pé desde a aldeia até às piscinas… enfim… ainda bem que todos gostaram, e espero que lá volte em breve.
    Posso só fazer uma correcção?
    Marvão é vila, e não aldeia. E só mais um pormenor, é a vila "de" Marvão, e não "do".
    Muitos abraços.
    Mafalda

    • Que grande distração! obrigada por emendar!!!
      Adorei "lê-la" a si e poder ter levado um bocadinho do seu sítio.
      Claro que passei por Escusa! 😉
      É tudo lindo! Uma descoberta maravilhosa!!!
      Amanhã há mais! 😉

  • Olá Rita!
    É um prazer "lê-la". Sobretudo quando estamos tão longe do nosso cantinho, como é meu caso (trabalho em Oslo, Noruega).
    É também um prazer saber que andou pelas terras encantadas do norte Alentejo, mas é um prazer ainda maior saber que andou pelas terras onde eu, com a mesma idade do seus meninos fui tão feliz! Sou neta dessa terra e, este fim-de-semana, se conseguir, devo andar por aí para matar saudades.
    A minha avó e o meu pai são da aldeia da Escusa. Se foi a Castelo de Vide, vindo da Portagem, de certeza que passou por lá. Outra parte da família, são da raia espanhola, de uma terra muito próxima de Valência de Alcântara.
    Ainda bem que gostou… a mim vieram-me as lágrimas aos olhos com as suas fotos, com a falta que sinto da paisagem, da terra vermelha de barro, das piscinas (as novas e as velhas), dos passeios a pé desde a aldeia até às piscinas… enfim… ainda bem que todos gostaram, e espero que lá volte em breve.
    Posso só fazer uma correcção?
    Marvão é vila, e não aldeia. E só mais um pormenor, é a vila "de" Marvão, e não "do".
    Muitos abraços.
    Mafalda

  • <3
    Devem ter sido umas férias maravilhosas.
    Nunca passei férias no campo,para mim as férias sempre foram junto ao mar.Talvez por viver junto dele, sempre que me afasto tenho uma sensação semelhante à claustrofobia, é estranho eu sei! Mas adoraria experimentar!
    Os seus filhos têm sempre um ar tão feliz Rita 🙂 beijinhos

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