A geração "Don't Like" mas é como se "like"

Tempo de leitura: 2 minutos

Comparar gerações é sempre aquela batalha perdida e até ridícula, porque há sempre a excepção da regra e nunca nada é geral.

Cada um defende a sua tal como as mães fazem com os filhos. Mas… a verdade é que já tivemos a do Sexo, drogas e rock and roll, a rasca, a à rasca, a radical.
Cá para mim, (e é agora vão perceber que vejo reality shows) esta agora dos jovens é a “don’t like”.
Estou bastante abalada (;)) por ver que ao contrário das relações fugazes, quando as há, o amor ou a paixão não são instantâneos.

Na minha adolescência, feliz fui por me apaixonar ao primeiro olhar, ou mesmo não correspondida, quando sentia borboletas na barriga só de o ver, ou imaginar que o ia ver. De dizer que já não gostava dele só por amizade mas por amor e de sofrer horrores por um fim que só tinha durado uns dias. De ter regras para a primeira mão dada, o primeiro beijo, a primeira ida ao cinema… E de, entre amigas soltarmos risinhos histéricos quando a de serviço dizia que ele tinha olhado. 
Agora sento-me no sofá a ver os jovens conviver (confesso), a chegarem a vias de facto e eu, qual ingénua a pensar que o amor está no ar. Qual quê?! 
Andam ali (nada contra) e depois dizem, quando questionados sobre obviamente poderem estar a amar, ou a encantar, – nada mais normal – que nem pensar, que só se estão a conhecer. Pior!!! Ficam altamente chocados com a suposição. Até parece que os acusar de amar é o mesmo que roubarem, matarem ou até serem oferecidos.  Nãooo. O choque é mesmo se estivessem completamente de quatro. (Ou terem a franja despenteada.)
Ou seja, a paixão nesta geração MTV não acontece do pé para a mão (ou para outras coisas),  o amor à primeira vista morreu,  e o amor verdadeiro só deve chegar lá para os 80 ou já quando estiverem com os pés para a cova ou na cova.
Que os meus filhos, quando for altura disso (pffff), sintam primeiro o coração bater e só depois “don’t like”.
 (Ou estou a ser antiquada?!)
😉

5 thoughts on “A geração "Don't Like" mas é como se "like"

  • Se a Rita é antiquada então já somos duas….
    Confesso que também me assusta "este futuro" onde tudo é fácil e rápido (tipo puré instantâneo), onde o menos importante é o amor…
    Não se perde tempo com essas coisas, isso são lamechices… borboletas no estômago? Andar de mão dada? Amar perdidamente? Compromisso? Naaaa… não há tempo a perder com isso… isso fica para um outro tempo.. um tempo que talvez seja tarde de mais…. 🙁

    Joana Russell

  • Rita, tenho 26 anos e concordo totalmente contigo. Esses amores de risinhos parvos e borboletas na barriga ainda existem nesta geração e são os melhores do mundo 😉

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