1. Relaxar
2. Respirar
3. Acreditar
Ou estavam a achar que havia mesmo uma receita?!
Adorava que houvesse um termómetro, um medidor ou qualquer aparelho que nos fosse indicando o rumo da nossa prestação.
Um tipo quente-frio-morno que nos ajudasse a compensar, ir mais para a esquerda ou para a direita, e equilibrasse tudo que tivesse a ver com educação.
Não, afinal não gostava.
Que graça teria a nossa existência se houvesse uma receita científica para o amor?!
Que piada tinha a vida sem espontaneidade e alguma incerteza?!
Como poderia o amor ser balizado e ajustado à personalidade de cada um. Falhar – por muito que nos custe – e acertar, ou simplesmente não saber se vamos falhar ou acertar é a grande beleza de se ser pai.
Mesmo com tudo certo, pode ser errado e mesmo com tudo errado pode ser o certo.
Que graça teria a nossa existência se houvesse uma receita científica para o amor?!
Que piada tinha a vida sem espontaneidade e alguma incerteza?!
Como poderia o amor ser balizado e ajustado à personalidade de cada um. Falhar – por muito que nos custe – e acertar, ou simplesmente não saber se vamos falhar ou acertar é a grande beleza de se ser pai.
Mesmo com tudo certo, pode ser errado e mesmo com tudo errado pode ser o certo.
Uma vez fui confrontada com a dura realidade – obrigada ao meu querido marido – que todos os pais traumatizam os filhos.
Nem que seja num episódio sem importância – para os pais – mas que, sem darmos conta podemos magoar – eternamente – os nossos filhos. (Não me apetece nada traumatizar os meus filhos.)
Nem que seja num episódio sem importância – para os pais – mas que, sem darmos conta podemos magoar – eternamente – os nossos filhos. (Não me apetece nada traumatizar os meus filhos.)
A minha mãe, que é a melhor do mundo claro, obrigava-me a levar os meus irmãos para todo o lado com 16 anos. E eu adorava andar com eles, mas nos programas para mais velhas, naquela idade com o excitamento próprio, era a única e morria de vergonha. (E não podia fumar!!)
Mas por exemplo, uma vez a minha mãe zangou-se comigo por eu não querer lulas e não ligou acreditou na minha indisposição (dia de semana sozinha com 3 filhos) e afinal era uma apendicite, que aguentei uma noite inteira e não passou a peritonite por milagre.
E até hoje não se esquece.
Ou seja, os pais traumatizam os filhos e a eles próprios {sim nós traumatizamo-nos a nós, às vezes mais do que a eles}. É a vida. Os filhos traumatizam os pais e nunca acham que foram eles próprios. Irmãos traumatizam irmãos, e por aí fora…
Educar carrega consigo o enorme peso da incerteza.
É impossível estarmos atentos a tudo e conhecermos totalmente a cabeça de outra pessoa, mesmo sendo nosso filho. Amar não é só dizer sim. Falhar significa que somos pessoas.
É impossível estarmos atentos a tudo e conhecermos totalmente a cabeça de outra pessoa, mesmo sendo nosso filho. Amar não é só dizer sim. Falhar significa que somos pessoas.
O importante mesmo é darmos sempre o nosso melhor, mesmo que ele seja pouco por cansaço ou desconhecimento, foi o nosso melhor e isso ninguém nos tira.
Respeito. Se houver uma palavra para andar ao lado do amor é respeito.
Respeitar um filho é a maior prova de que o amamos. Mesmo que estejamos distraídos, cansados, tristes.
Sim, um filho pode um dia deixar de gostar de um pai. E sim. Raramente um pai deixa de gostar de um filho.
Sim, um filho um dia pode nos dizer que o traumatizámos com algo que nem nos lembramos… Temos de nos preparar para isso.
O melhor do mundo é mesmo podermos dizer:
– Olha, dei o meu melhor!
Exactamente! Houvesse uma receita milagrosa e perdia toda a piada.
As dúvidas vão existir sempre… desde que somos pais! Mas temos de acreditar em nós e fazer o que achamos ser o melhor. A nossa intuição ajudar-nos-á.
Beijinhos
Que texto lindo Rita!!!
Adoro a forma como escreve!
Muitos beijinhos
Verdadinha… tentar sempre ser melhor, fazer melhor por eles e pelo enorme amor que temos por eles! Beijinhos
Gostei muito!
Fazer melhor, tentar ser melhor todos os dias por eles e pelo enorme amor que nos une a eles!
beijinhos
Só me faz lembrar quando a minha mãe me obrigou a comer um gelado que eu dizia que sabia a queijo! Fiquei com uma intoxicação alimentar! É mesmo isso 🙂
Obrigada Rita… depois de uma manhã DAQUELAS onde a pressa reina e as birras matinais não ajudam, estas palavras vieram-me dar o conforto que precisava ♡♡♡
Mil beijinhos minha querida e obrigada por falar SEMPRE com o coração
Joana Russell
no ponto 3 eu juntaria duvidar ao acreditar, porque só desse binómio sai a nossa capacidade de reinvenção a cada segundo como mães que somos. A sua escrita torna-se bonita, por vir directamente desse musculo malandro que bate no peito
Rita,
OBRIGADA!
Nem sabe o bem que me fez ler este seu 'post' que acabei de ler com os olhos cheios de lágrimas.
Apesar da consciência inconsciente de tudo o que escreveu, a verdade é que há dias em que não somos capazes de admitir que o nosso papel como pais é… frágil. Nem sempre achamos que demos o nosso melhor e culpamo-nos por isso…
Após uma manhã intensa, com uma birra de tirar a pacieência a qualquer santo, as suas palvras serviram de conforto.
beijinhos
Sofia
Adorei o texto! <3
Lindo Rita!! Adorei!! Muitas vezes faz-nos falta perceber que não estamos sózinhas!! (e a pancinha da foto aí em cima está quase a rebentar! – Vem aí a Maria Leonor)! <3
Um grande beijinho