de um filme de animação Cordas (que retirei porque o pai quer e deve obter receitas com ele) que fala da maravilhosa história de amizade entre uma menina (Maria) e um menino com paralisia cerebral lembrei-me que nunca vos contei umas da minha filha que adorei.
A primeira foi um dia em que me queria mostrar um menino. Ele estava longe e num grupo. Tinha uma camisola encarnada e era de cor. Ela queria dizer-me qualquer coisa sobre esse amigo e explicou-me: aquele mãe! E eu: qual filha? (A achar que seria fácil distingui-lo pela cor da pele.) Ao que me responde: – mãe, aquele!! O da camisola encarnada. (Achei a coisa mais querida do mundo.)
Depois há mais duas histórias. Dois meninos com problemas na escola. A uma cortou uma fatia de bolo para lhe dar, sozinha, sem ninguém ver porque ela não ia conseguir e ao outro ensinou a dizer carro e de vez em quando vem me dizer que ele já sabe dizer isto ou aquilo…
Há ali muito de bom. Nos olhos da minha filha. Que seja sempre como a Maria de cima.
Um doce de menina. 🙂
A minha filha também tinha uma menina pretinha na escola. Não decorou o nome dela à primeira, pois era africano. Um dia perguntou-me "mãe, como é que se chama aquela menina…(eu a pensar que ia sair a cor da pele)…das trancinhas?". Fiquei feliz e deu para perceber que a cor da pele importa muito pouco nestas idades.