Faz hoje anos e estamos desde 4a feira a comemorar no Minho.
Vivi, em solteira, com ele.
Desde os meus 19 anos que partilhei casa com outro homem que não o meu pai, com outras regras, noutra cidade, com uma nova perspectiva familiar.
Nunca foi difícil ou estranho, apesar de ter percebido que desta nova dinâmica, os meus novos “irmãos” estavam menos com o pai deles que nós e que só via o meu ao fim-de-semana.
Mesmo assim a vida foi correndo bem e todos, mais depressa ou mais devagar, se ajustaram.
Desta segunda oportunidade da vida, foram menos os erros e viveu-se com mais calma.
Hoje, os meus filhos chamam-no avô, nem sabem que não é de verdade, e aos netos dele (os verdadeiros) chamam primos.
E por isso, neste dia de anos, se não falasse dele, do que foi para mim em adolescente, e do que é para os meus filhos agora, não seria justo.
Uma família, que não seja a original, não é necessariamente má ou pior que a antes. Pode ser boa ou até melhor.
A nossa é e, com ele, foi, óptima.
A família faz-se com amor e não com sangue.
Aproveita bem o Minho*
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