Talvez porque trabalhe nas notícias ou porque, simplesmente, sou mãe ando um bocado stressada com o mundo.
O que mais assusta é que tudo pode acontecer. Estejam connosco, longe, conheçam ou não a pessoa, sejam menino ou menina. Nunca se pode estar 100% seguro, porque não estamos 100% do nosso tempo com eles.
Mas claro, há coisas que estão ao nosso alcance.
A primeira que estou a estudar é: A conversa!
“A conversa” tem de ser adaptada à idade, não chocar mas que faça lembrar. Devemos falar com eles, com calma, de forma clara mas sem dizer demais. É por isto que estou a medir todas as sílabas “da conversa”. Não quero criar desconforto perante o corpo deles e a sua sexualidade,mas quero deixar claro os limites e ensiná-los a agir. “A casa conversa” deve acontecer a vida toda, para as mais variadas situações.
Adorei encontrar este livro produzido pelo Conselho da Europa no âmbito da Campanha «UMA em CINCO» de combate à violência sexual contra crianças. [Isto porque cerca de uma em cada cinco crianças é vítima de violência sexual ou abuso sexual.]
Para os pais têm aqui tudo sobre como ensinar a regra do Aqui ninguém toca!,
- NUNCA os deixar em locais públicos sozinhos
- NUNCA os deixar ir sozinhos à casa de banho fora de casa, wc publicos, etc, tudo fora de questão sozinhos
- Ensine o seu filho a dizer NÃO se lhe tocarem no corpo e a contar logo aos pais.
- Respeitinho aos mais velhos, mas com excepções. Não lhes diga que os mais velhos e as figuras de autoridade é que mandam e que eles têm de fazer tudo o que dizem. Respeito é diferente de medo.
- Peça ajuda à escola para programas profissionais para a prevenção. Teatros, livros, conversas.. A brincar se fala sério.
- Encha-se de força e não faça da sexualidade um tabu. Desde cedo dê confiança ao seu filho para ele falar de tudo em relação à sexualidade. Em todas as idades, a partir do pré escolar, há um diálogo certo. Normalmente é o da verdade. 😉
- Há uma clara diferença entre um carinho e uma carícia sexual. Tente explicar-lhe isto.
- Oiça. É muito importante ouvi-lo. E reponder com calma e clareza.
- Não desacredite o seu filho. Peça ajuda se tem dúvidas, mas se for verdade e você não acreditar, terá consequências na vida dele. Procure profissionais que o ajudem a agir.
- Muito amor, muito carinho e sempre cada vez mais. Confiança e a noção que você é fonte segura para tudo na vida deles.
obg pelos conselhos!