Natal.

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Olhar à volta. Sentir a perfeição na nossa família imperfeita. Ver que nada mudou ou que, dentro do costume, houve tantas mudanças. É sentir acender essa dinâmica tão própria e tão mecânica ao ritmo das luzes da árvore de Natal, incertas e envolventes. É o retrato do tempo em que se abrem presentes e sorrisos à volta dela. É arrumar histórias como quem amachuca papeis de embrulho numa bola redonda de sentimentos. Respirar os momentos misturados com pratos que entram e saiem da mesa e cada conversa deixada a meio entre garfadas de memórias. Há gargalhadas, recordações, há barulho de talheres, há peru ou bacalhau, os doces fritos e bolo rei, e crianças que estão excitadas de tanto cansaço e alegria. É passado, presente e futuro. 

É recordar os que já não estão, tentar guardar o que pode deixar de ser, agradecer o que vem. É tristeza e saudade, mas alegria e esperança. É barulho, é silêncio, é estar atento a tudo à nossa volta ou perdermo-nos lá longe dentro da nossa cabeça e fugimos para esse canto. É uma fotografia. 
{Imagem wish a color}

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