[Leiam este texto, da Anna Westerlund, uma mãe querida duma família que adoro.]
Também penso o mesmo.
Que bom era que a escola fosse sempre a extensão do abraço dos pais e os pais a extensão do braço da escola. E vice-versa. Que não houvesse os bons e os maus, os amarelos, os verdes e os encarnados, diariamente, competição. Que não se falasse tanto em responsabilidade e mais em cumplicidade. Que não se insistisse em castigos mas em comunicação. Que se ensinasse a pensar, argumentar, dialogar, desbravar, em vez de ser só acatar, aceitar. Que o professor fosse um amigo e o aluno como um filho. Que o conhecimento trouxesse olhos brilhantes e a descoberta fosse obrigatória. Que o português e a matemática tivessem tanta importância como a música, a representação, o bom coração. Que o ajudar um amigo fosse tão apreciado como o saber estar em silêncio. Que se pudesse fazer barulho, às vezes. Que se dancasse na sala quando a turma atingia uma meta. Que brincar no pátio fosse tão imprescindível como o saber estar sentado. Que se sentassem menos tempo. Que não houvesse punições, ameaças, comparações, exigências no seu aspeto negativo. Que se agregue em vez de separar. Que se largasse a burocracia, programas, testes, exames, quadros de honra, etiquetas e se brincasse com a vida real. Que as contas saíssem do quadro e se fizesse um mercado com pagamento e troco de verdade, que o Português se acompanhe a música e a História fosse protagonista numa peça de teatro. Que o respeito se ganhasse pela empatia e não pelo medo.
Que houvesse mais amor, menos regras. Ou mais regras vindas do amor. Mais liberdade. Menos desconfiança.
Que se faça paz na escola. Entre todos. Que as crianças aprendam com alegria, com curiosidade. Que parem de exigir tanto delas, almas puras muitas vezes vistas como pestes e desobedientes, desafiadoras, que devem ser controladas em vez de guiadas.
Todas as escolas deviam ser mágicas. E são. Algumas é que não sabem.
Que houvesse mais amor, menos regras. Ou mais regras vindas do amor. Mais liberdade. Menos desconfiança.
Que se faça paz na escola. Entre todos. Que as crianças aprendam com alegria, com curiosidade. Que parem de exigir tanto delas, almas puras muitas vezes vistas como pestes e desobedientes, desafiadoras, que devem ser controladas em vez de guiadas.
Todas as escolas deviam ser mágicas. E são. Algumas é que não sabem.
a dos mês filhos é magica sim… 🙂
ooh, também eu… é ótimo ler textos comos os vossos, ler artigos da imprensa estrangeira, ler até grupos de facebook sobre o assunto. Mas, depois, olhar à volta entre o nosso grupo de relações e perceber que ninguém nunca ouviu falar de tal coisa, e, pior, dar por nós perdidas em conversas a sentir que os nossos filhos são uns ET desgraçados porque aos 4 ainda não sabem escrever o seu nome é… sei lá, uma desilusão, um nivelar por baixo…
inclino-me muito para o ensino alternativo ao tradicional mas sinto sempre que estou na contracorrente…
Acho um bocadinho difícil e idílico querer que a escola seja tudo para toda a gente. E parece-me óbvio que o papel da escola deva ser ensinar a ler e a escrever, formar doutores e engenheiros ou simplesmente preparar a criança para continuar os estudos. O privilégio de a ensinar a plantar uma árvore? O privilégio de a ver pôr os pés na água do mar pela primeira vez? Ou enfiar as mãos na terra? Ou fazer festas a um cão ou ver um carneirinho ou ouvir música pela primeira vez? Esse privilégio será só meu e do pai.
Já existe uma, a Escola Raiz, no Restelo