Está muito boa, benzadeus!

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Foi esta expressão maravilhosa que me fartei de ouvir na minha ida ao mercado, que me trouxe saudades da minha avó paterna e de passear na rua como se fosse turismo.

Realmente o nosso país tem coisas maravilhosas [apesar de acharem que é só bigodes, de se comer e beber até rebentar e de se viver entre a paixão e o ódio à seleção.] 😉
Vá, não se pode ser perfeito e que graça teria este canto se não se cascasse no Cristiano Ronaldo, nos políticos e no tempo, via São Pedro. Eu adoro todos menos talvez os do meio lol
[O que não gosto mesmo são os ódios destilados nas redes sociais. Que coisa horrível que nos atingiu.]
Mas o Portugal solidário, o dos Santos e das feiras, o que guarda as expressões e tradições mais castiças, por esse sou apaixonada. E realmente não há nada neste mundo que espalhe mais amor que um bebé.
A baby Madalena fez o maior dos sucessos no mercado depois de a tirar do carrinho (refluxo) e me passear por ali.
“Está muito boa, benzadeus”, “quantos mesinhos, “muita saúde que é o que é preciso” e assim fomos percorrendo os corredores entre elogios e apertos nas pernas cheias de refegos pelas senhoras das bancas e das fora delas.
E está mesmo. Acho que se a filmassem 24 horas por dia se via a olho nu esse crescimento. De repente já veste para 3 meses, esta bebé de dois, que saiu do hospital com 2,5 kg e que agora é, de longe, a minha filha maior [maior que a mamã mais velha que tomou suplemento e esta é amamentada em exclusivo.]
Está muito boa está, benzadeus. 
{Que saudades vamos ter desta geração que vai partir e levar consigo tantas coisas boas e puras.}

8 thoughts on “Está muito boa, benzadeus!

  • Até fico angustiada com este post. Essa geraçãpo que falas é tão importante para mim… Também cresci com um pouco disso e é um carinho inexplicável, é uma geração de senhoras e senhores muito Portugueses, que apertam as pernas dos bebes com muita força, mas de amor. É algo que me lembro em criança, de estranhar mas adorar. Realmente isso vai se perder. 🙁

    A Madalena está muito querida, como sempre 🙂

  • Concordo tanto, tanto, tanto consigo!
    Adoro tudo o que a geração antiga tem, acima de tudo os valores. Que faço um esforço para os passar para a minha Filha. Acho que é das coisas mais preciosas que temos. são genuinos, vem lá do fundo, expressões populares também fazem parte da nossa cultura e de uma geração que espero conseguir perpetuar na geração abaixo da minha, através da minha Filha.

    • Querida Sofia, pk amamentar é um acto natural, e é um orgulho para quem o faz com tanto prazer! Viva a amamentação! Eu amamentei o meu baby até aos 15 meses 🙂
      Querida Rita, o seu blog dá cor aos meus dias e vivo através de si as delícias da maternidade, da família e do bom que é ser Mulher!

    • Não é uma necessidade, mas uma vontade e um orgulho. Acima de tudo é para me lembrar das fases que este blog existe, uma espécie de diário. E os meus dias hoje em dia são assim: amamentar. Talvez por isso escrevo mais sobre isso. Não imponho a ninguém as minhas ideias mas sou livre de às escrever aqui.
      Um beijinho

  • Antes de mais quero dizer que adoro o seu blog, que me revejo imenso no que escreve e que quando nasceu a minha primeira filha o seu livro "socorro, sou mãe…" foi a minha biblia. Obrigada por tudo!
    Não escrevo agora para comentar este post mas para partilhar consigo a minha experiência de bebé que sofre de refluxo. A minha filha mais nova, agora com um ano, sofreu bastante até aos seis meses. Com a introdução dos sólidos melhorou muito.
    Como não queria dar remédios, consegui aliviar o desconforto desta forma:
    -dando de mamar mais frequentemente para ter menos fome e não ficar tão cheia em cada mamada
    -mantendo-a na vertical depois da mamada durante 20min (na tipica posição de "arroto") mesmo nas mamadas nocturnas – um pesadelo…
    -levantando a cabeçeira do berço a 30 graus
    -eliminando da minha dieta laticínios e ovos, que fui introduzindo depois gradualmente à medida que crescia.

    Espero ter ajudado. Beijinho,
    Rita

  • Há uma outra expressão que eu costumava ouvir quando os meus filhos eram bebés e que me deliciava: "Não diz mal da tratadeira!".

  • Rita, é fascinante como escreve as coisas simples que muitas de nós sentimos, mas temos dificuldade em expressar com palavras e imagens tão claras, como as que a Rita usa. Obrigada por dar(-nos) voz. Que a nossa geração ainda vá a tempo de olhar e preservar as suas raízes. Pois sem raízes, não se voa.

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