Ai Natal. Estou atrasada.

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Vou-vos tentar contar rapidamente os meus últimos três dias e esperar que me digam que a vida é isto. Mas digo-vos já sem medo de furar todas as vossas expectativas: se me perguntassem hoje o que é que eu queria este Natal, a minha resposta era só está: casa, sopas e descanso, sem correrias, sem compras, com os meus à lareira, com camisolas de lã (essas já tenho iguais para os três) e pantufas, tudo encostadinho, filmes. Bem… eu queria era tempo [e saúde]. Mas isso não existe nesta altura, certo? Ou então que era ótimo que o Natal se atrasasse. Dava-me jeito. Mas vamos lá retroceder três dias.
Virose. A girl e eu. À morte. Bebé também não muito bem mas acho que é dos dentes. Tem os dois de baixo e um canino em cima. Apenas. {Já tinham visto isto?}
Tive de pedir socorro porque estava sozinha com os três e não me sentia capaz [de ser mãe]. Mas podia ter ficado na cama a curar a maldita!? Claro que não!
Girl ia no dia seguinte acampar com as guias para perto da Serra da Estrela e toda uma mochila cheia de ✔✔✔ a fazer. Roupa de neve, dois pares de botas, cantil, lenço, cinto, camisolas, cartão do cidadão… podia estar meses sem voltar a casa.
E mais.. festa do Duarte (6 anos!) no domingo para preparar. Supermercado comigo e nem podia cheirar comida.
Dia seguinte, girl nova, eu ainda em desgraça. 7h45 dizia adeus à minha campista com medo da viagem e cheia de saudades (já). Eu. Ela nada. Foi na boa.
Siga para casa preparar toda uma festa com início às 10:00. (Raio de ideia.)
Gelatina feita na véspera não solidificou. Bebé quer iogurte. Pai vai comprar salgados miniatura e outras coisas para safar a festa. Bebé faz cocó. Hora da festa e rezo para que todos os pais tenham tido uma manhã como a minha (sem a parte da virose) e estejam atrasados. Tudo para montar. Uma porta fechada a cadeado e nada de chave. Um santo pai que ia só levar o filho acabou a levar comigo o tampo de uma mesa pesadíssimo. As mães ajudaram-me a montar o resto da festa. Eu, ainda a jejuar, ganho por cima uma enorme dor de cabeça. Crianças felizes, a leste dos contratempos, acharam tudo perfeito (o que me deixou feliz). Segunda feira, depois do trabalho e os únicos 45 minutos para comprar alguns presentes de Natal. (Se acreditassem que não tenho ainda nem um…) Ligam da escola. Duarte entalou um dedo na casa de banho. Siga para o hospital que já se anda a tornar familiar demais para meu gosto. Nada de grave. nada partido. Braço ao peito. A girl já ligou para casa e viu neve ao longe. A baby já está boa. Nenhum presente e continuo enjoada que nem uma pescada. Resta-me esperar ficar com uma figuraça e sonhar com um Natal calmo, sem tanta agitação (mas com muito apetite). 

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