Não é que seja idosa, mas nesta minha terceira gravidez [quarta, na verdade, porque perdi o meu primeiro bebé às 6 semanas de gestação] já não tinha 20 anos. Tinha 39. Quase 40, era o que pensava quando cedia ao medo.
Uma pessoa que me é muito querida disse-me uma vez que há qualquer coisa especial em ser-se mãe mais velha. Que o nosso corpo, hormonalmente, reage bem, que a nossa mente tem um clique de energia, que o nosso físico também anima para acompanhar o novo membro [e porque temos uma carrada de trabalho pela frente].
E, na verdade, nunca me senti tão bem. Foi uma gravidez maravilhosa e tive um pós parto fora de série.
Não me preocupei muito com a recuperação, a formas, o peso, as maminhas, a barriga (o pior!!!!) porque, na realidade, não tive até agora muito tempo para pensar nesses “pormenores”.
Mudança de casa, amamentação, sem empregada, zero tempo para ginágio, etc…
Para além de tudo isto deitei a minha velha (e traiçoeira) balança no lixo e perdi a noção do que se passava em mim. E podia ter aproveitado para ficar sem balança, que não são, de todo, fiéis à nossa saúde e condição física. Mas fui fraca e já tenho uma nova. 😉
Só percebi que o meu corpo estava diferente depois dos elogios deste Natal, porque andava mesmo a leste. Não só me disseram que estava mais magra, como que estava alegre e com uma luz especial.
E nem tinha percebido que estava diferente. [Sim, sei que não mereço o ar que respiro.]
Sei bem que é preciso tempo para que tudo volte ao que era, se é que volta… e relaxei. Aliás, nem quis ouvir falar de recuperação e do “tratar de mim”. Ignorei pressões e continuei a comer que nem uma lontra e a dar de mamar, o que nos dá uma boa desculpa para ganharmos tempo. Nunca me privei dos ataques de fome e acho que nunca comi tanto pão e queijo como nestes tempos.
Mas sentia-me a ficar mais fit, energética e mais sequinha. [Pudera, com tanto trabalho..;)]
E, com uma felicidade enorme a acompanhar, o que tira muito peso de cima dos nossos ombros e dos ponteiros da matreira.
Sem reparar, e na verdade sem qualquer esforço [muito pelo contrário], já vou nos 59,5kg. Coisa que não consegui no pós parto anterior.
Não querendo ser refém de um número, acho que o meu peso ideal, com exercício físico, ficava bem situado nos 57kg.
Ser mãe tarde deu-me um enorme ânimo de viver. De comer bem [digo saudável]. De sair do sofá. De ter o ninho bonito. De aproveitar tudo. De dar passeios até á praia. De me sentir bem para conseguir acompanhar a minha baby Madalena [e os outros] que não é filha de pais jovens, mas que desde que ela nasceu se sentem rejuvenescidos.
Há mesmo algo especial em ser-se mãe mais tarde.
Como ser mãe mais tarde mudou a minha vida.
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Dar de mamar até tarde permite esse luxo, comer muito e emagrecer. Mas atenção que assim que se pára de amamentar volta tudo!?. Pelo menos comigo foi assim… Bom ano!
ah sim im! Já me avisaram!!! 😉 Tenho de fechar a boca. 😉
Bom ano!!!
Tão bonito. <3 Aproveito para desejar um Feliz Ano 2017 para a Rita e a sua linda família. Beijinho
Olá, acho que nunca comentei nada por aqui, mas hoje tenho de o fazer. Este testemunho deve ser um sinal para quem teme uma segunda gravidez aos 40: por um lado a vontade de ter mais um filho; por outro o medo de não dar conta do recado.
A primeira gravidez não foi cedo (36/37 anos) e senti na primeira pessoa a energia de que fala neste texto. Aguentei muitas noitadas e vivi tudo aquilo como se estivesse numa outra dimensão, sentia-me forte e capaz de tudo. Nem me reconhecia. Nos últimos meses sinto que o cansaço se apoderou de mim e questiono muito se terei um segundo filho. Não me sinto preparada. Como costumo dizer, haverá um dia em que saberei o que decidir: sim ou não a uma outra gravidez. Até esse dia, se encontrar muitos testemunhos como este é bem capaz de ganhar o sim. 🙂
Desejo um bom ano para os 5 cheio de (boa) energia – energia a triplicar para os pais, claro. 🙂