Ninho (semi) vazio.

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Eu tento parar o tempo. Mas ele não me obedece. Os dias voam, animados pelo alvoroço dos tempos.
Filtro tudo o que posso. As coisas chatas, os eventos sem sumo, momentos que não me trazem nada. Fretes. Sempre ouvi as pessoas mais velhas dizeram que já não tinha idade para fazer fretes. Cheguei lá. O meu tempo está distribuído entre obrigações e amor. E é ao segundo que me agarro cada vez mais.
 A bebé cresce e os manos estão cada vez mais autónomos. São festas de anos, programas aqui e ali, os dois sempre no verbo ir. Fiquei só com a bebé a pensar quando chegar o tempo de ela também querer ir.

– Mas não queres ficar com a mãe? -Não, prefiro ir se a mãe não se importar. 

Sei que vou sofrer com o ninho vazio e digo-lhes que podem viver comigo. Eternamente.
Ter filhos é realmente a maior benção. E estes tempos são mesmo valiosos.
{Mas podia passar devagar, não!?}

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