Penso muito nisto.
Podemos dar-lhes a melhor infância. Com muitas coisas ou com poucas coisas. Com muito amor ou com desamor. Com muita proteção ou desapego. Com gritos ou com silêncios. Com programas ou secas abismais. Com atividades extra ou casa-escola, escola-casa. Com luxo ou pobreza. Com liberdade ou medo. Com a fralda limpinha ou a precisar de mudar há muito tempo. Com confiança ou malvadez. Com gente ou isolados. Com alegrias ou tristezas. Com permissões ou proibições. Com tablets ou com pecinhas de madeira. Com doces ou sem eles. Com comida saudável ou porcarias o tempo todo. Com tv ou natureza. Com o bom ou com o mau.
Podem ter vivido uma infância ou um drama do caraças mas como sei que algum destes extremos os fará adultos felizes?
Na verdade, não sei.
Os meus filhos são filhos da sorte.
Por muito que me custe assumir isto [que não me acho a mãe perfeita mas que dou o meu melhor] o futuro deles não depende das minhas qualidades ou defeitos.
Há adultos surpreendentes que tiveram uma infância terrível. Há adultos com problemas que tiveram uma infância de sonho.
Onde estará o segredo para se criar adultos felizes?
Será no amor? Na empatia? E os que nunca a viveram?
Serão por isso adultos infelizes? Nada é assim tão factual.
Serão por isso adultos infelizes? Nada é assim tão factual.
Porque é que há adultos felizes que não souberam em novos o que era felicidade?!
E o oposto. Porque haverá adultos infelizes que só tiveram coisas boas na infância?!
E o oposto. Porque haverá adultos infelizes que só tiveram coisas boas na infância?!
Não se sabe… Estará nos genes, na personalidade, nos astros, em Deus?
Por não saber, tento dar o meu melhor.
Porque se algum dia forem adultos infelizes saberei que mais não poderia ter feito.
Porque se algum dia forem adultos infelizes saberei que mais não poderia ter feito.
Com sins e com nãos. Com erros e certos. Apontando sempre ao equilíbrio.
Posso tentar dar-lhes essa infância do caraças para que a possam ir buscar à sua memória perdida.
E quanto ao resto, só posso rezar…

Como sempre, tão certa das palavras!!
Penso muitas vezes nisso. Queria muito que o meu filho fosse uma criança feliz e, por sua vez, um adulto também feliz.
Espero estar a fazer um bom trabalho para que isso aconteça. Pelo menos faço o que me vai no coração e o que eu acho estar correto.
Um beijinho.
Sónia Barreto
Olá Rita.
Julgo que o maior trunfo que podemos dar aos nossos filhos é amor e ensiná-los a lidar bem com as suas emoções – as boas e as más. Chorar e rir à frente deles, dar-lhes oportunidade para expressarem o que sentem, os seus medos, as suas alegrias, as suas frustrações, e garantir que sabem lidar com isso.
Dar-lhes autoconfiança e desvalorizar as incapacidades triviais.
Alguns dos adultos infelizes que conheço foram mal amados na infância. Nunca foram valorizadas as suas capacidades. São também adultos com relações amorosas difíceis. Não se amam a eles próprios sequer.
Boa sorte. Eu também espero estar a fazer um bom trabalho.
Beijinhos.
MB