A culpa foi toda minha.

Tempo de leitura: 2 minutos
Andei muito tempo, nestas [não] férias a ralhar. 
A desarrumação, o cansaço e a falta de tempo para mim deram espaço a mau feitio e falta de paciência uns para os outros. 
Bem, foram quase 3 meses com os 3 sozinha. Tentei compensar com programas, com amigos, com coisas para fazer, mas não estava a perceber bem onde estava a minha ineficácia em conseguir trazer a calma cá para casa.
Afinal o que eu precisava era despojar-me de tudo para conseguir ver.
O boy é o meu maior desafio e era com ele que eu mais falhava.
Senti-o muito mais agressivo, muito mais desligado de mim.
Ela era afinal só um espelho da minha desconcentração, das minhas fraquezas e dos meus erros.
Até que um dia resolvi falar só para o seu coração. De todas as vezes que ele me desafiava só olhei as suas emoções. Não as minhas.
Em vez de discursar, abracei, em vez de o castigar, olhei-o, em vez de o punir, amei-o nas suas fragilidades.
Esse tempo menos bom das férias deixou de existir.
Agora quando se porta menos bem ou está mais irritado ele pede-me um abraço.
E, isto, foi o melhor das minhas férias.
[Só para desculpar este título e mães que se sentem culpadas de algo. Eu não me sinto culpada. Sou mãe e dou o meu melhor, mas às vezes temos de nos alinhar para o bem de todos.]

2 thoughts on “A culpa foi toda minha.

  • Tão bom… Por aqui também andei mais impaciente. O facto é que não estou habituada a passar tanto tempo com as minhas filhas pequenas. E, num apartamento pequeno, é dose. 😛
    Às vezes tinha a sensação de estar sempre a ralhar e a dizer que não. Mas o facto é que quanto maior a empatia e paciência que tinha com elas, melhores os resultados (para elas e para mim).
    Mas somos humanas, nem sempre é fácil fazer o que está certo, mesmo quando sabemos o que é. E é preciso estarmos em paz com isso também. 😀

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