Nestes últimos dois meses andei com muito trabalho e um bocado cansada. Obviamente, isso refletiu-se nos meus filhos. Voltei a ler coisas para os trazer a mim. Para lhes criar empatia e para os centrar.
Isto não é uma lição. Isto foi tudo o que eu quis saber para lidar com estas fases em que parece que as coisas fogem ao nosso controlo. E que precisamos de nos focar por eles.
Com a pontaria certa, a segurança certa, a força certa, o rumo dos nossos filhos segue o seu caminho com as emoções certas.
Mas a vida não é assim. E, muitas vezes, falha-nos a pontaria, a força e o rumo.
É o que tenho sentido nestes 10 anos de maternidade.
Que, apesar de eles nascerem com uma personalidade onde temos pouca influência, o mesmo não se pode dizer do comportamento. E o comportamento depende e reflete quase tudo o que é nosso.
Quando tenho mais trabalho, menos paciência, o ambiente sente-se logo diferente cá em casa.
E todos o acusam à sua maneira.
Obviamente as crianças não sabem resolver os seus problemas como fazem os adultos.
Para eles gerir frustrações, controlar emoções, colocarem-se na posição do outro é feito de forma diferente. Essas coisas deixam-nos, a nós pais, tristes e desanimados. Achamos que não é justo e que, de alguma forma, falhámos. Isso só significa que devemos estar a pegar mal no arco.
Mas sem culpas. A vida é isto. Temos problemas de crescidos, trabalho, falta de trabalho, de tempo e as nossas coisas más.
O que tento é inspirar-me de forma a não deixar que as setas sigam todas tortas.
O que tento é inspirar-me de forma a não deixar que as setas sigam todas tortas.
Os nossos filhos precisam da nossa direção para os guiar.
A “infantolatria”, que é o culto à criança que se vive nesta era, muitas vezes os deixa sem rumo porque já têm muitas coisas para decidir desde muito cedo. Não falo de autonomia que isso é diferente e benigno. Falo de tomarem o lugar dos pais e mandarem na casa e tomarem decisões pelos pais.
A “infantolatria”, que é o culto à criança que se vive nesta era, muitas vezes os deixa sem rumo porque já têm muitas coisas para decidir desde muito cedo. Não falo de autonomia que isso é diferente e benigno. Falo de tomarem o lugar dos pais e mandarem na casa e tomarem decisões pelos pais.
A família deve ser gerida por adultos e ensinada aos filhos.
Bem, isto é a minha forma de pensar e de me alinhar, obviamente. Mas acredito que há mais pais a sentir isto. E, por isso, aqui segue um resumo de coisas que andei a ler para me ajudar nestas fases de mais stress e não tão presente nas suas emoções como gostaria.
Manter a calma
Quando há momentos de raiva, de frustração e tristeza devemos manter a calma para os trazermos para o nosso lado e não o contrário. A nossa reação pode inflamar a emoção deles.
Identificar emoções
Aproveitar esses momentos de não reação, nem julgamento, para tentar perceber o que está por trás da ação. Falar com eles para saber se é cansaço, fome, sono, frio ou outra necessidade mais complexa.
Corrigir o comportamento na hora [mas sem sobressaltos]
Devemos dizer logo que não estamos contentes. Para que eles percebam ali porque mais tarde não se vão lembrar. Falar com eles com calma dizer e tentar o passo acima com diálogo.
Dar oportunidade de escolher
Dê espaço para ele tomar algumas decisões mas limite as opções ao que lhe agrada a si.
Redirecione
No auge da birra tente mudar o foco de atenção. Pergunte se ele quer beber água, tirar a camisola porque está calor. Isso vai ajudar a ele mudar o foco e a acalmar-se para conseguir conectar-se com ele.
Dê-lhe ferramentas
Calma, não lhe dê um martelo numa altura de fúria. 😉
Mas ensine-lhe ferramentas que ele posso, sozinho, resolver os seus problemas como respirar fundo, fechar os olhos, e imitar animais por exemplo o leão quando está a rugir. Isto para os mais pequenos, claro.
Evite estímulos
Muitos destes comportamentos devem-se ao excesso de estímulos que há hoje em dia. Dar-lhe um telefone ou tablet para ele se acalmar só vai fazer pior. tente desporto ou alguma atividade ao ar livre, como apanhar conchas, ver flores, etc…
Seja positivo e compreensivo
Diga coisas boas e diga que o entende. Diga que não gostou da birra e pergunte o que é que o fez tomar aquela atitude. Diga também que fixou triste, que percebe que ele esteja magoado ou cansado, e explique-lhe que ele pode resolver as coisas de outra forma.
Experimente jogos simples de mindfluness
Como o famoso jogo do silêncio.
Ou outro que eles gostam que é o de olhos fechados irem identificando sons que ouvem. Pode parecer uma simples brincadeira mas nem imaginam o que estas coisas trabalham. O foco, a empatia, a paz, a gestão das emoções, etc.