Esta Tribo (que acho que já saiu de banca) está repleta de histórias incríveis. É delas que andamos em busca para fazermos esta revista que amamos e que achamos a mais bonita de Portugal.
Se às vezes falo pouco dela aqui é porque estou mesmo ocupada em fazê-la bonita.
Muita gente pergunta onde encontro as histórias e por mais incrível que pareça são elas que me encontram.
Cada estação tem um tema, e à volta desse tema, tento descobrir pessoas que tenham vivido essas situações.
Acabo sempre a encontrá-las como por magia.
Há sempre alguém que conhece uma historia incrível, uma família incrível, uma lição incrível.
Nem sempre é fácil lá chegar (porque os nossos meios não são as de um grande grupo) mas a boa vontade, a internet e o talento de algumas pessoas ajudam a estarmos mais perto.
Como a história da Stefanie, que perdeu tudo num incêndio em Covas.
A Sara foi a fotógrafa que foi ter com ela e recolheu as imagens mais bonitas do mundo. Foi sempre tudo falado por mail. Com todas. E isto faz-nos estar tão perto.
Pensar como seria antes de existir internet. Com certeza não teríamos histórias tão bonitas para contar.
Obrigada linda Sara pelas fotos e Stefanie por abrir assim o seu coração. (Graças à internet sempre perto.)
Deixo-vos um excerto deste artigo da Tribo que está agora sai de banca e que por muitos motivos me será sempre especial.
“E enquanto revisitávamos memórias, vimos de repente ao longe, isolado, um molho de flores amarelas. As primeiras. Ali, à nossa frente, como se se tratasse de um quadro valioso. Stefanie tinha plantado Tupinandos, também conhecidos como alcachofras de Jerusalém. Para além, de ser um tubérculo comestível, utilizado também para fins de medicinais e um rico substituto da batata, é uma planta muito conhecida na permacultura e na agricultura biológica e serve de sebe e corta-vento. Os seus caules atingem facilmente os três metros de altura.
Colher flores pode parecer uma coisa banal. Não neste caso. Foi ali, ao vivo, que vivemos o melhor momento desta edição. E cujas fotografias, a cores, mostram mais do que as palavras. “A nossa casa. Eu quero voltar para casa. Para a nossa casa.Vamos ver o fim da história com a Câmara, vamos esperar. E graças a Deus temos a sorte de poder esperar na nossa vila, com a nossa gente. Isso é fantástico!”
Texto: Rita Ferro Alvim para Tribo
Créditos: Sara Portugal
instagram @chloebysaraportugal
Podem adquirir as três edições passadas da Tribo em [email protected]