Acho que vocês já me ouviram falar muitas vezes dela
(aqui aqui aqui aqui)
Conhecemo-nos há pouco tempo, mas desde que aconteceu,
a ligação foi tão boa e tão forte.
Com ela ganhei um bocado de terra, de natureza, de paz.
Um refúgio onde me escondia com os meus filhos depois da escola
ou nas manhãs de fim-de-semana.
Fazia os bolos mais maravilhosos que comi,
tão fofos que pareciam nuvens.
As empadas
– por ter de acudir noutro lado qualquer –
às vezes queimavam.
– por ter de acudir noutro lado qualquer –
às vezes queimavam.
E juro que nunca comi empadas queimadas que soubessem tão bem!
Sempre que lá ia, dava-me algo da sua quinta.
Ovos fresquinhos que não chocaram, uma courgete gigante
que me oferecia orgulhosa
que me oferecia orgulhosa
da sua horta, alfaces, histórias, sorrisos…
Gostava dos meus filhos. Gostava dos seus gatos.
Sempre que havia uma “birra”,
porque os cavalos estavam ocupados nas aulas,
porque os cavalos estavam ocupados nas aulas,
lá ía ela meter uma cunha para que depois do treino
fossem eles a montar a Catraia até à box.
Quando lhes perguntava o que queriam fazer, a primeira coisa que diziam
era ir à Zeca e ao Xico.
Ali, fomos felizes.
Passava muito tempo à volta da bimby – o seu grande vício – e ao telefone.
Com as duas filhas – que vivem fora –
e com mil amigas, com mil assuntos, com mil histórias.
Era de raça e de graça.
Quando voltou de uma viagem aos Açores,
depois de não se ter aguentado num passeio,
depois de não se ter aguentado num passeio,
disse-me: – Há qualquer coisa que não está bem!
Desvalorizei. – Mulher daquelas alguma vez teria algum problema?!
O problema foi crescendo, foi assustando, até que a dominou.
Amava os seus animais, que a veneravam e a seguiam por todo o lado.
Comprou o meu livro para dar à filha,
numa de a convencer a ser mãe.
Os meus fins de semana continuaram com a visita habitual.
Entrava naquele portão e o meu coração ía aos pulos
Entrava naquele portão e o meu coração ía aos pulos
até chocar outra vez nas portadas do café fechadas,
sem o cheiro dos bolos, sem aquele sorriso que começava no coração
e terminava no cantinho dos olhos.
Continuei a ligar-lhe sem nunca acreditar que não a iria ver mais.
Em Dezembro, nos anos, mandei mensagem para não incomodar
e prometi a mim própria que ía imprimir as fotos dos seus gatos
que a Susana tirou numa sessão
que a Susana tirou numa sessão
que lá fizemos para lhe oferecer. Nunca o fiz…
Continuei a ir lá e a ver na cara e no corpo do seu Xico
que a situação estava cada vez pior.
Agora, estava quase a ser avó.
Sei que andava entretida a fazer botinhas e gorros
para esta bebé, que já não vai abraçar.
Era tudo o que queria.
Hoje estou assim. Sem um bocado de mundo.
E fica aqui a minha homenagem a alguém que nunca vou esquecer.
Em momentos difíceis, nada do que se diga nos conforta.
Por isso, apenas te digo que, sinto muito pela perda da tua amiga.
Força e um bjn,
MJ
PS: Este post, foi uma linda homenagem.
foi com certeza!
OHHH conheci-a… Tive aulas durante anos na Quinta da Pateira. 🙁
Muito triste, mas uma bela homenagem a uma amiga tão querida…fique em paz !!!!
Isso dói. Muito.
Força! Beijos
Rita…
Eu não conheço a senhora mas tenho uma lágrima a teimar em cair. Juro.
É muito bonita a sua homenagem e se a Rita teve a sorte de a conhecer, a senhora também teve sorte em tê-la tido na sua vida, com este carinho.
Que descanse em Paz!
Rita onde quer que ela esteja adorou a sua homenagem de certeza.
Um beijinho
Lamento muito Rita, por si, por todos que a conheceram e sobretudo pela família.As suas palavras são muito bonitas e ficarão para sempre … tal como a recordação daqueles que amamos e que nos deixam.Beijinhos e muita força 🙂
Doenças malditas que levam as pessoas que nos tornam a vida mais feliz. 🙁
Eu só te posso agradecer teres-me mostrado esse cantinho onde se sente de facto uma energia tão boa, onde nos apetece ficar. 🙂
Bjs
Rita, um beijinho e força.
Muito bonita a homenagem.
Há pessoas que marcam e deixam muitas saudades, sobretudo quando partem demasiado cedo, com doenças demasiado cruéis. Não poder conhecer o neto desejado é demasiado injusto. Muito triste.
Quando fazemos muito, há sempre qualquer coisa que estamos a fazer e como tal fica a meio.
Também nos faz pensar no quanto perdemos tempo e somos obrigados a perder com tanta coisa inútil… Parece frase feita, mas só quando levamos estes banhos de realidade é que nos apercebemos.
Há anjos que passam na nossa vida e ficam para sempre a velar por nós.
Bjs, força
Há pessoas que marcam e deixam muitas saudades, sobretudo quando partem demasiado cedo, com doenças demasiado cruéis. Não poder conhecer o neto desejado é demasiado injusto. Muito triste.
Quando fazemos muito, há sempre qualquer coisa que estamos a fazer e como tal fica a meio.
Também nos faz pensar no quanto perdemos tempo e somos obrigados a perder com tanta coisa inútil… Parece frase feita, mas só quando levamos estes banhos de realidade é que nos apercebemos.
Há anjos que passam na nossa vida e ficam para sempre a velar por nós.
Bjs, força
Há pessoas que marcam e deixam muitas saudades, sobretudo quando partem demasiado cedo, com doenças demasiado cruéis. Não poder conhecer o neto desejado é demasiado injusto. Muito triste.
Quando fazemos muito, há sempre qualquer coisa que estamos a fazer e como tal fica a meio.
Também nos faz pensar no quanto perdemos tempo e somos obrigados a perder com tanta coisa inútil… Parece frase feita, mas só quando levamos estes banhos de realidade é que nos apercebemos.
Há anjos que passam na nossa vida e ficam para sempre a velar por nós.
Bjs, força
Só para deixar um miminho…
Comovente e enternecedora a forma como se despediu, aqui, dela, presrvando-a com muito carinho e partilhando-a connosco!
Beijinho e um xi!