Os meus filhos vêm sempre “estridentes” depois da escola. É normal. Andam no recreio, são muitos, riem, brincam, chamam uns pelos outros, estão cansados, etc…
Entram no carro que nem furacões.Tudo é em alto, em brusco, em loucura, basicamente. Às vezes até se junta uma fúria porque não vão fazer nada pós escola. [Agora ao fim do dia sou uma abóbora e não há programas extra.]
Depois discutem, pegam-se, fazem as pazes, voltam a discutir, falam-me mal, não fazem nada do que peço, continuam em gritos, pegam-se outra vez…
Dou por mim a falar mais alto do que eles e é uma bola de neve. Só falta alguém ir buscar o megafone…
Mas descobri uma coisa. Quando eles estão assim é preciso trazê-los para o nosso estádio e não o contrário. O mais fácil é eles ganharem, se nós deixarmos!!! E como é que ganhamos?! Fazendo o contrário.
Comecei então a falar mesmo muito baixinho nessas alturas [ou sempre que consigo] e eles, automaticamente e sem percebermos como, começam a falar mais baixo também. Conto algo super interessante, que lhes capte a atenção, e vê-los a perder decibéis. Fazem um esforço para me ouvir e acabam por se acalmar também.
Aí já os temos no nosso espírito e já nos podemos conectar. Corre tudo melhor. Não dá sempre, mas quando dá é um sossego.
Muitos beijinhos
Que texto! Que texto!
É maravilhosa a forma como a Rita descreve o amor, é desconcertante e lindo a emoção que dá ler cada linha.
E a foto está linda!
Beijinhos,
Carolina Melo
Um dia a terapeuta da fala perguntou à minha filha mais nova como é que a educadora dizia para fazerem silêncio. O objectivo é que ela fizesse shiuuu, com o dedinho à frente da boca. Mas ela respondeu que a Raquel nunca os mandava calar assim. Não???? Então como faz?
Canta baixinho e ficamos em silêncio a ouvi-la!
A terapeuta ficou de boca aberta e eu, de olhos molhados, mas com o coração tão feliz por ela ter a sorte de ter alguém assim na vida dela 🙂
Tenho o mesmo problema, se calhar também sou eu que venho acelerada do trabalho. Vou tentar está técnica. Obrigada pela partilha.
Tenho o mesmo problema, se calhar também sou eu que venho acelerada do trabalho. Vou tentar está técnica. Obrigada pela partilha.
Bela dica! 🙂
Vou ver se a aplico com a minha filha de 2 anos.
O facto é que, por enquanto, até dos gritinhos dela gosto (não vai durar muito).
Às vezes ela grita"Mamãaaaaa" e eu grito o nome dela também e ela ri-se tanto às gargalhadas que não resisto a fazer isso. O meu namorado passa-se completamente. 😛