Os bebés preferem as mães.

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Por muito que isto custe esta é a verdade. Se os bebés tivessem voz votavam nas mães. Ficar em casa com as mães, ir para o trabalho com as mães, andar colados às mães.
Sei que as educadoras, que tanto amor-substituto dão, não vão levar a mal. Aliás, muitas educadoras/mães dizem ter sentido o mesmo.
Não há amor como o primeiro.
Pode discutir-se se fará melhor à mãe, se estaríamos afundadas em monólogos de fraldas e de baba, se uma carreira a longo prazo nos libertará do síndroma do ninho vazio mais tarde… mas nunca apresentem um boletim de voto ao vosso bebé em relação à separação. Ele vai vetar!
Deixar um bebé na creche é para muitas mães o segundo corte do cordão. Mas o cordão tem dois lados, duas ligações. E a expressão do “custa mais a nós que a eles” nem sempre verdade.
Custa mais até a eles, mais cedo ou mais tarde, mas a tristeza confunde-se com fome, sono, uma febre, uma rabujice. E faz bem? Com quantos meses? 3, 4, 5, 6, 7, 8? Qual a idade certa para os libertar? Para cortarmos o laço?
Ou isto é só uma imposição da sociedade, do mercado de trabalho, do consumo, da nossa própria independência. De sobrevivência. E que depois nos é colocado como “é bom para os dois”?!
Será?
Faz bem a todos grita a sociedade mas não será apenas uma expressão simpática de consolo? Faz bem a umas coisas mas a outras nem tanto. É como em tudo. Mas talvez seja apenas porque tem de ser, não?
A verdade é só uma: O bebé gosta de estar com a mãe. Este é o seu mundo. O outro é alternativo e não quase nunca deixa escolha. Porque se houvesse, a cruzinha dele seria posta no quadradinho Mãe.
Até que o caminho da independência seja feito, a seu tempo, a dependência da mãe não é um drama. E não devia ser descriminada ou vista como um acto de preguiça. É, aliás, uma caminhada de conforto, confiança, construção de personalidade. E não é tarefa fácil para a mãe. É exigente e trabalhoso. Para depois, já mais crescidos percebam que a mãe está sempre ali, coladinha ao seu coração e que o tempo e a distância não fazem mudar nada.

9 thoughts on “Os bebés preferem as mães.

  • custa muito deixá los na creche tão pequeninos, e sim pra eles também é muito doloroso. há no ar uma sensação de abandono tanto deles como nosso. triste muito triste. Vá lá que ainda temos 5 meses de licença, há quem tenha menos, mas nem isto torna tudo mais confortante. sinto que o bebé está sempre melhor com a mãe nos primeiros 2-3 anos da sua vida. seria bom que todas as mãe que assim o pretendessem pudessem ficar com eles este tempo. a carreira se pudesse por mim esperava, e não não estão melhor na cresce do que com connosco. 🙂

  • Esta noite foi a primeira noite que dormiu sem mim (faz 3 anos em janeiro!) e eu senti tantooooooooooooooo a falta dela… Fico feliz por pensar "foi melhor para ela", pois em vez de ter de acordar pelas 7h para ir ter com os meus pais (com quem ela fica durante o dia desde bebé), ficou com eles esta noite e dormiu até às 8h…

  • Concordo pleanamente. E acho que cada vez mais se tenta promover toda uma autonomia dos bébés que não faz sentido tão cedo (ou talvez faça para uns e não para outros, como em tudo não há formulas mágicas) – como dormir sozinho, libertar a mãe para fazer "as coisas dela", ficar com alguém o fim de semana porque "os pais precisam". Todos precisam de coisas, mas os bébés enquanto bébés precisam de muito mais.. E quando os pais dão: ai que fica dependente, ai que fica mimadinho… enfim… parece que se espera que já nasçam adultos..

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