Miúdos, quanto é que podemos gastar estas férias?

Tempo de leitura: 3 minutos
Eu cresci com a ideia de que falar de dinheiro era má educação. 
Não era só a expressão “não se fala de dinheiro à mesa”, era não se falar de todo.
Não sabíamos nada das finanças dos nossos pais, avós, família em geral.
 Se eram pobres, ricos mais ou menos. Se tinham fases melhores ou piores. Se estavam aflitos.
Era assunto tabu. 
Éramos felizes. Apesar de vivermos normalmente, e sem grandes luxos,  não nos faltava nada. Não íamos jantar fora, nem havia lojas para gastarmos.

Quer dizer… tirando nunca ter tido uma barbie (;)) não tive grandes traumas de maior.
Claro que entendo que é um assunto delicado e que é mais fácil cortar do que ensinar a lidar com ele.
Era uma coisa da altura. Não se falava e ponto.
E há que ter mesmo cuidado neste tema, porque se não for bem ensinado aos nossos filhos podem passar por intrometidos.
Ora, que ensinar a gerir dinheiro também faz parte da herança que quero deixar aos meus filhos. Bem, mas importante que lhes deixar dinheiro (que dificilmente vai acontecer) a melhor lição é mesmo dar-lhes instrumentos para lidarem com ele.
Eles saberem quanto há, no que querem gastar e poupar e o que fazer quando acaba.
Resolvemos então começar a dar-lhes a gestão do dinheiro das nossas férias a eles.
Como assim?
Bem, na verdade não gerem tudo, gerem só uma parte.
Miúdos a gerir o orçamento familiar
Imaginando que temos 50 euros para extras durante uma semana de férias em que eles podem optar por:
  • Gelados (Parte grande do orçamento)
  • Feiras, carrósseis e afins
  • Aula de surf/padel/cavalos/etc (às vezes não chega para isto e o pai chega-se à frente com bodyboard e desporto para pouparem)
  • Bugigangas e brinquedos
  • Almoçar ou jantar fora tipo pizzas
  • Outros pedidos
O orçamento é gerido conforme os dias que lá estamos e as atividades que existem. Planeamos a coisa antes de irmos e depois podem acontecer pequenos ajustes ou alterações.
Eles podem por exemplo optar por uma pizza, 6 gelados, e feira. Quando acabou, acabou. Se gastaram o dinheiro de forma errada, têm de lidar com essa consequência e para a próxima vão fazer melhor. 
Podem dividir os dois (têm sorte que a Baby Madalena ainda não conta na divisão de bens) ou gerir em separado. Os programas têm de ser pensados em família e os horários também.
Os trocos têm de ser bem contados e não podem andar por aí a perder dinheiro.
Experimentem e vão ver como eles são crescidos a fazer isto e como passam a perceber que o dinheiro não nasce das àrvores e como deve ser poupado.
O meu tablet da BQ (parceria que estou morta por vos falar!!!!)
Vestido e mala Stockroom Studio
Sítio novo e lindoooooo para conhecerem Refúgio d’Areia, Cascais
[Estas propostas são meramente sugestivas. Reflitam antes da compra e só a façam se for necessária.]

6 thoughts on “Miúdos, quanto é que podemos gastar estas férias?

  • Aqui em casa já vamos fazendo essa gestão, com o dinheiro que eles vão recebendo de prendas (natal, aniversários…). Eles sabem o que há e têm de ser eles a decidir como o querem gastar. A Francisca (9 anos) decidiu, há bem pouco tempo, que o iria juntar para comprar um tablet… até que viu aqueles ovos maravilhosos de onde nascem umas criaturas (não me lembro o nome) e teve de decidir o que fazer… percebeu que o dinheiro não chega para tudo e teve de fazer a opção dela.
    Fizemos o mesmo com as férias… levaram dinheiro deles para comprar uma lembrança (fomos ao Parque Warner e lá não falta o que comprar…).
    Aos bocadinhos vamos incutindo essa responsabilidade, para eles terem a noção que as coisas "não caem do céu"…

  • Adoro o seu blogue, a Rita escreve bem (é tipo doce na escrita….não adoro usar esta palavra mas não me sai outra), parece muito sincera, tem os valores que para mim são os certos e dá dicas óptimas, e aborta temas muito interessantes.
    Obrigada!!!
    Bjs

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