Se a Gisele Bundchen e a Cindy Crawford conseguem…

Tempo de leitura: 2 minutos

Nunca tive um parto natural… aliás,
bastante longe disso.
Foram duas cesarianas
e, por isso, convinha estar minimamente “drogada.”..;)
Agora – que é fácil falar – sei que não até lá não fiz um caminho consciente.
Pelo menos na girl, o primeiro parto, que influencia
todo o nosso futuro na arte de dar à luz.
Foi induzido às 38 semanas porque sim
e eu deixei, por falta de informação.
A verdade é que não era a altura certa
e a minha filha não queria nascer.
Para além de lhe ter alterado o signo (isto é uma gracinha)
acabei por fazer uma cesariana a ferros,
o que – aqui entre nós – não desejo (se a tivesse) nem à minha pior inimiga.
No boy, (ainda com muitas mossas)
tentei com todas as forças o parto normal,
mas em vão… Não tinham passado dois anos,
a cicatriz interna era fresca, e o obstetra
não pode fazer aqueles toques milagrosos
que despoletam tudo.
Depois acabou por ser o melhor porque o baby tinha o cordão à volta do pescoço.
Mas tenho sempre aquele sentimento de frustração de não saber
o que é…
Não sou fundamentalista e cada mãe deve escolher o seu caminho…
O que a deixa mais calma e serena,
pronta a receber o seu bebé da melhor maneira,
seja com ou sem epidural, com ou sem cesariana, dentro ou fora de água.
Em casa, confesso, acho arriscado, a menos que como em países no norte da Europa,
estivesse à porta uma ambulância para qualquer eventualidade.
Respeito que opta pelo conforto do lar,
mas assusta-me o risco que pode correr não só a mãe,
mas principalmente – porque não escolheu – o bebé.
O caminho consciente que falo tem, basicamente, a ver com
o nosso instinto e as influências externas.
A preparação deve ser muito íntima, reflectida, com uma grande entrega,
e como dizem no filme que vos mostro abaixo,
o trabalho de parto começa no momento em que engravidamos.
Mudou tudo quando li que as gazelas, na natureza,
 conseguem interromper o parto até 3 dias
quando se sentem ameaçadas por um predador.
E que o mesmo se passa com as mulheres.
Os inibidores do parto podem ir desde as visitas,
até ao medo, ao não estarmos focadas naquele momento, aos sms’s….
Como não deverá haver terceira tentativa para mim, (?!?)
gostava MUITO de vos mostrar isto,
para que um dia não pensem – como eu – que podiam ter feito diferente.
Elas optaram pelo parto “au naturel”, mas não é isto que vos quero “impor”.
Quero que vejam a entrega, a consciência, com que elas prepararam
aquele que é
O MOMENTO DAS NOSSAS VIDAS
.Let’s look at a trailer
:
Agora… Se forem mesmo daquelas super corajosas há mais info aqui!

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13 thoughts on “Se a Gisele Bundchen e a Cindy Crawford conseguem…

  • Também sinto um pouco de tristeza por não saber o que é um parto normal… Tive que fazer duas cesarianas e portanto, se quiser ter mais algum filho terá que ser obrigatoriamente cesariana. Mas enfim, o que interessa é que correu tudo bem (graças a ter sido cesariana pois com meu primeiro filho tinha problemas na placenta e na segunda ela ficou sempre sentadita ;)). O mais importante no meio disto tudo é ter os nossos babies lindos e saudáveis nos nossos braços. Beijinhos!!

  • Bom dia Rita! Eu passei pelas duas experiências de uma só vez, pois o Daniel nasceu de parto natural e a Carolina (teimosinha que só ela!) teve que ser uma cesariana 2 horas depois do irmão ter nascido. O reforço da epidural só me foi administrado depois do Daniel nascer, pelo que estive cerca de 1h30 sem o seu efeito, e a sentir tudinho das contracções, e sinceramente… pensava que era pior! Tive imensa pena que não nascessem os dois de parto natural, pois aquela fracção de segundo em que sentimos a cabecinha minuscula de um bebé a deslizar e percebemos que nos tornámos verdadeiramente MÃES é um momento que nos marca! Quanto ao pós-parto, mil vezes a recuperação da ipsiotomia… a costura da cesariana doía-me imenso e demorou a passar, enquanto a outra quase nem dava por ela! Espero que, caso repita a experiência, consiga que seja parto natural novamente! ADOREI!
    Beijinhos

  • Olá Rita, adoro os seus post e revjo-me bastante na sua maneira de estar e de pensar. E estes temas que dariam para tanta conversa :). Felizmente as minhas filhas nasceram de parto natural (com a ajuda de epidural) e numa maternidade. Era como eu desejava que fosse e foi maravilhoso. Infelizmente apesar de pensar sempre não querer indução e esperar que a coisa se desse, no segundo parto e porque elas passem as 40 semanas e nada…cedi à ansiedade e induzi…foi bem menos agradável que a primeira vez que foi per si. Apesar de ter as minhas preferências de como gostaria de viver a maternidade subscrevo totalmente a sua frase "Não sou fundamentalista e cada mãe deve escolher o seu caminho…
    O que a deixa mais calma e serena,
    pronta a receber o seu bebé da melhor maneira". Isto porque pressões pelo lado mais "material" quer pelo lado mais "natural" são péssimos. São sempre pressões que nos desfocam para que as coisas aconteçam em paz connosco e com aquilo que realmente desejamos. :). T.

  • Rita, os "toques milagrosos" não são de todo essenciais para o despoletar do trabalho de parto. Pelo contrário, são mais um factor de precipitação para provocar um parto numa mulher que pode estar completamente "verde" ainda e mais um factor de stress completamente desnecessario. Esse é outro mito que por ignorancia das mulheres, e conversa dos médicos, se continua a perpetuar. Desculpe mas se estamos a falar de "caminho consciente" é importante não continuarmos a embarcar nestes mitos. Em Inglaterra por exemplo o protocolo é nem sequer fazer-se nenhum toque vaginal às mulheres até estarem em trabalho de parto (e aí é feito apenas para avaliação da progressão) e, como sabe, nesse país o parto normal tem uma prevalencia muito superior à que existe cá. Escolher um hospital pelos resultados que tem de partos normais é outro caminho para quem quer fazer esse tal caminho consciente de que fala a Rita. Sabiam que no Hospital da Cuf Descobertas, só para citar um exemplo, a taxa de cesarianas ronda os 90%? Beijinhos, Tudo de bom para si.MSP

  • Também lamento não ter tido a experiência de um parto natural.O primeiro foi induzido pois tinha 42 semanas, um exagero.Foi um parto muito complicado devido ao tamanho do bebé, pois apesar do meu corpo se ter "comportado muito bem" o J. tinha 54cm e 4210gr!!!Teve muitas dificuldades e inclusive teve de ser reanimado,a anestesia foi geral e só vi o meu bebé no dia seguinte.O pós parto foi muito complicado,uma experiência menos boa mas que se "esqueceu".
    Com o segundo filho houve um cuidado redobrado, por parte dos médicos, 39 semanas, "toque milagroso", cesariana com epidural. Foi bem mais fácil mas novamente bebé grande à vista!(52cm e 4130gr)
    Lamento mesmo não saber o que é ter um bebé por via "natural" mas o mais importante é que já passou, eles estão cá e eu amo-os incondicionalmente, fazem parte de mim e juntos somos um todo 🙂
    Adorei o video, muito inspirador, embora me dê alguma nostalgia pensar que não tive escolha, sou muito feliz 🙂
    Beijinhos

  • O meu primeiro filho nasceu as 41 semanas apos rebentamento da bolsa. Fiz a dilatacao toda sem epidural e na hora H o menino não quis sair após horas e horas a ganir. Nem me passou pela cabeça fazer uma cesariana até ouvir a equipa dizer que iamos para o bloco (what??!) E só me lembro da medica anestesista me espetar com uma mascara na cara porque nao havia tempo para epidural. Fiquei uns tempos meia parva porque nunca tinha equacionado tal cenário, sabia muito pouco de cesarianas, menos ainda c anestesia geral, mas depois fiz as pazes com o parto do meu filho. O segundo filho também nasceu de cesariana, já ía preparada para isso e de certa forma a preferir que assim fosse. Tive dois bebés com quase 4kg a nascença e o meu perineo, vagina e vida sexual agradeceram a cesariana. Nasceram num hospital publico

  • A minha filha nasceu de parto normal, com epidural, tal como eu queria.
    Não sou fundamentalista de nenhum tipo de parto, como diz deve ser uma escolha (quando é possível) consciente e informada e sobretudo deve procurar-se o melhor apoio, aconselhamento e preparação possíveis para no dia nos sentirmos confiantes. Com toda a ansiedade e nervos do dia, não tinha demasiado medo e foi assim que me senti, com uma equipa fantástica. Só isso explica que ao ouvir "forcep" para corrigir a posição da cabeça não ter entrado em pânico. Sabia bem o porquê e quem estava a fazê-lo.
    Gerir as expectativas é também muito importante, como referiu num post anterior. No fundo é não esperar nada! Eu queria um parto normal, mentalizei-me que não ia ser, porque às 40 semanas não tinha contracções a sério, mas no dia da indução já cheguei lá com dilatação. Foi uma correria, tudo muito rápido! Ou seja tudo ao "contrário do contrário" que esperava!
    A epidural foi só aos 7 dedos porque não tinha dores!
    Senti, sem dor, o parto todo, as contracções loucas, o momento mágico do nascimento na mesma. Até dispensava bem a dor da episiotomia, que senti, infelizmente, já que a anestesia foi doseada de forma a eu sentir contracções e a colaborar no parto.
    No meu caso o pós-parto até foi bem pior que o parto, com os pontos a repuxarem…
    Ninguém é mais ou menos mãe por um parto ou outro, claro que há desejos e sonhos, que nos fazem pensar que nos podemos sentir mais ou menos realizadas, mas só o poder tentar escolher já é um privilégio.

  • Olá Rita!! Quanto a mim, era incapaz de ter um bebe em casa! meu querido medico, meu querido hospital, minhas queridas enfermeiras! para mim, as maternidades são "O" sitio para ter bebés! cada macaco no seu galho! 😉

  • Olá Rita!
    Eu sou a Rita 🙂 Sou mãe de um piratinha que nasceu de cesariana, depois de 12 horas a tentar que nascesse de parto normal, pois devido uma gravidez de risco devido a “problemas” comigo, era o melhor para ambos um parto normal, MAS a verdade é que apesar de tudo estar a correr no timing certo! As águas, a dilatação, tudo corria normal até ter parado tudo e o menino não descer… Foi tentado tudo, sempre com muita calma, aguardando sempre mais um bocado…. MAS nada, ele não se mexeu nem mais um 1mm que fosse, cerca de 12 horas depois do início de todo o processo, foi-me dito pelos dois obstetras que me acompanharam desde o início, que o melhor para mim naquele momento e para o bebé dentro de mais umas horas, seria uma cesariana…
    Sabe qual foi a minha reação? Foi chorar, chorar muito, porque devido aos preconceitos desta nossa sociedade, é menos Mãe quem tem os seus filhos através de uma cesariana, porque se é no privado, existe muita gente que pensa que lá não nascem bebés de parto natural (tal não é a ignorância) eu senti principalmente por parte de algumas mulheres e mães que me rodeavam na altura, que não se sofrer para “parir” não é saber o que é ter filhos…
    Isso nos primeiros tempos fez-me sentir frustrada, imagine-se o que o preconceito pode fazer ao momento mais lindo que passei até hoje!
    Ver o meu filho pela 1ª vez! Tratar dele! Olhar para cada milímetro dele…
    Não sei como é que se pode dizer que só depende da mulher, “por o filho cá fora”, porque eu não sei o que poderia ter feito mais…
    Não consigo compreender mulheres a fazerem vinte e tal horas de trabalho de parto, na maternidade, para depois terem bebés gigantes, só para dizerem que foi parto natural?!?!?
    E depois estarem no bloco operatório horas a reparar os danos de tal violência a que foram submetidas em nome do naturalismo…
    O que é que será pior?? Física e psicologicamente?
    Acho piada às mulheres que foram para a maternidade, como eu, a pensar que iam ter um parto natural, como eu, MAS que ao contrário de mim a coisa correu como estava previsto, e a criança nasceu de forma natural, muitas vezes com recorrência a fórceps, nascendo mesmo com braços e clavículas partidas, MAS NÃO FOI CESARIANA, e só por isso, se ouve que faz cesariana quem quer, porque não está para sofrer, porque disse ao médico que queria assim, que nunca vai saber o que é!
    Por amor de Deus!
    Eu não planeei a cesariana, mas agora com quase 3 anos de distância, acho que foi melhor, porque poder-me sentar sem dores para poder amamentar o meu filho, foi muito bom, poder dizer que não sofri para o ter é igualmente bom, sou a melhor Mãe que consigo, e já que se tem a fama de querer ter filhos como se estivesse na esplanada, digo muito sinceramente que se tiver outro filho e puder escolher, escolho ser igualzinho, sem tirar nem pôr…
    Sou tão Mãe como qualquer outra mulher e não escolhi nem ter o meu filho em casa, nem SEM medicação, nem SEM isto, nem SEM aquilo… Sou minimalista sim, mas noutros valores, eu e o meu filho vimos SEM… Sem fingimento, sem artificialidade, sem maldade e até sem medicação desnecessária, pois o meu filho tem quase 3 anos e é com muito orgulho que digo que nunca tomou um antibiótico, fantástico não é? É assim! Mas no dia em que ele nasceu…. Recebeu tudo o que tinha de receber, não é por acaso que a pouca mortalidade à nascença, em Portugal é uma das coisas que nos podemos orgulhar! Por ser feita em ambiente hospitalar, com todas as convenções existentes para o efeito!
    Porque se os partos são um negócio, porque é que não se contestam todos os outros tratamentos convencionados… provavelmente também haverá alguém a ganhar dinheiro com eles…
    Peço desculpa pela extensão do texto, mas tinha isto tudo cá dentro!

    Beijinhos

    • Olá Rita…
      Fiquei fã do blog há pouco mais de um mês… Adoro… Continue!
      Eu… graças a Deus, consegui em ambos os partos das minhas princesas ser quase completamente "au naturel", excepto o paracetamol e alguma oxitocina (não sei…) ministrada no soro…
      A F nasceu às 40 semanas e 3 dias (em 2007)… Já tinha data marcada para nascer caso não nascesse entretanto… e a I nasceu às 41 semanas (em 2010), cheguei à maternidade pelas 6h da manhã e teria de me apresentar nesse dia pelas 9h para induzir o parto…
      Em ambas pensava não levar a epidural, mas sempre sem stress e a ver se conseguia aguentar… felizmente e com a ajuda do meu marido que sempre me acompanhou e das enfermeiras e médicas… consegui das 2 vezes… Tenho 35 anos e infelizmente o tempo não é propriamente propício a tentar o terceiro… mas caso haja algum acidente… espero conseguir outro natural!!
      O primeiro, da minha princesa F, foi muito mau… muitas horas… quando foi a expulsão eu estava completamente estoirada… acho que nem vi a bebé… se o meu marido não estivesse lá, bem que a minha filha poderia ter sido trocada, que eu não tinha dado por nada… O da 2ª já foi mais fácil… menos horas e já consegui aproveitar o momento em que ela saíu cá para fora…
      …mas o melhor mesmo são os momentos que passamos com eles depois… o resto da nossa vida!!! Adorei a vivência, mas não é a gravidez nem o parto que fazem de nós mães… é o amor e o cuidar daqueles seres… que são nossos para sempre!!! Também adorava adoptar… vamos ver se conseguimos…
      Boa sorte Rita!

  • Rita, ontem soube que, por ser demasiado estreitinha e a bebé ter uma cabeça muito redonda, amanhã vou ter que induzir o parto e que é provável que tenha de ser uma cesariana. Quando soube fiquei desiludida porque sempre pensei que iria conseguir ter um parto natural. Por alguma razão fez-me sentir menos "capaz", menos especial. Mas a verdade é que também não se pode ter tudo e a minha prioridade é a bebé sair saudável e acho preferível, por vezes, fazer uma coisa que não desejava do que fazer a minha filha sofrer num parto muito difícil. Espero que corra tudo bem e que para a próxima consiga ter um parto natural. 🙂

  • O meu primeiro filho (Vicente) também nasceu de cesariana as 37 semanas depois de induzido o parto durante 15 horas e ele não dar sinais de querer aparecer, já a minha segunda filha (maria Helena) tinha uma cesariana agendada para as 38 semanas e uns dias porque nasceu apenas 22 meses depois do irmão mas pregou-nos uma partida porque um dia antes resolveu nascer não comunicando nada a ninguém a não ser a mãe que já andava com contrações a 2 dias e mesmo nunca ter experimentado um parto normal com contrações e tudo o resto tinha a certeza de que ela não chegava ao dia da cesariana 🙂 Mas felizmente correu tudo bem, naturalmente, apesar da epidural já chegar quase na hora dela "sair", mas nada difícil,foi tudo tão rápido e ainda bem que não fiz outra cesariana porque a primeira não correu muito bem e a recuperação foi um pouco difícil ao contrário do parto normal. Mas de uma ou outra forma não deixamos de ser mais ou menos mães porque foi normal ou cesariana, com ou sem epidural, são opções ou então porque não pode ser de outra forma.

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