Fico chocada por perceber que, muitas vezes, compensa comprar novo que consertar velho.
Já me aconteceu com máquinas da roupa e da loiça. Só o preço da ida do técnico a casa, quase que nos faz pensar que mais valia uma nova. É claro que toda a gente gosta de estrear (e é uma sensação ótima) mas o mundo não aguenta tanto consumo.
Também uma coisa tenho a dizer: a qualidade de hoje em dia já não é o que era e as máquinas têm um prazo, não é suposto durarem uma vida como antigamente.
Percebo que as marcas tenham de subsistir, mas acredito que uma marca durável a médio prazo acaba por gozar da confiança do consumidor e isso traz fiabilidade ao produto.
No outro dia fui a um evento da minha amiga Helena Coelho que é dona da Smoky Olive, uma loja de roupa em segunda mão e esteve a falar na diferença das roupas antigas e de como se comportam com as lavagens. Não tem nada a ver com algumas marcas de hoje.
O evento aconteceu a propósito do lançamento do novo amaciador Quanto Revival que quer isso mesmo, preservar o que mais gostamos por muito tempo. Este é o primeiro amaciador do mercado com queratina, que mantém a intensidade das cores e previne o aparecimento de borboto. Adorei a ideia. Até porque eu sou do tempo em que a minha mãe passava a vida a pôr-nos joalheiras e cotoveleiras quando rompíamos alguma peça e a ida ao sapateiro era habitual.
Para não falar nas roupas que recebíamos de tias e primas, e filhas de amigas da minha mãe, que depois eram passadas para os irmãos mais novos ou para outros primos.
Ainda faço isso.
Bem, o evento foi muito giro, trouxe um casaco maravilhoso de camurça antigo que me parece que vai durar toda a minha vida. E estive com a minha querida amiga a matar saudades. Porque também as amizades não devem ser de usar e deitar fora.
A péssima moda de usar e deitar fora.
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Não, não estou a falar de relações. Apesar de também haver essa moda por aí, estou mesmo a falar de roupa e de objetos do nosso dia a dia.