Os meus filhos andam numa escola pública e começou a fazer-me muita impressão perceber que, na área do sol, não há grande cuidado.
Nas horas de mais calor, no pico do verão, os meus estão à chapa do sol no recreio. Mesmo que vão com creme posto de manhã, para o dia todo não é suficiente. E então fiquei a pensar como podia solucionar isto.
Tendo a minha família, e eu inclusivé, um historial não muito agradável nesta área e chegando eles a casa bastante encarnadinhos, tive de ser mais eficaz na minha comunicação.
Não gosto de lhes falar de doenças, não por querer esconder a realidade, mas porque acho que, no inconsciente, fica sempre lá qualquer coisa de mal e de medo. E é aquele fator psicológico que afasto, não o não querer tocar no assunto. A história da cabeça influenciar o corpo é muito levada a sério por aqui. Até porque muitos dos cancros de pele de hoje, foram asneiras que se fizeram quando fomos crianças.
Mas não tive outra hipótese.
O Duarte, que passa horas a jogar futebol, vinha sempre todo escaldado. Mas mesmo muito, tipo escaldão de lhe doer pôr creme depois do banho. E eu disse-lhe: – Duarte já ouviste falar de cancro de pele? Ele que é meio assustado nestas coisas disse-me: Mãe, eu não quero ouvir falar disso!!!
Mas teve de ser. Expliquei-lhes então tudo. Que era agora que tinha de se proteger. Que a nossa pele não aguenta as horas más. Que a escola tem muitas coisas para fazer e que tem de ser ele o responsável por pôr ou pedir para pôr. Que se quer jogar futebol tem de preparar para isso, assim como compra as chuteiras e todo o equipamento. Ou então, joga até às 11h. E depois das 16h00. O que para ele está fora de questão. (E estou a ser generosa nas horas).
Fomos ao Lidl. Cada um trouxe o seu creme para gerir a sua própria colocação. Escrevemos o nome e ficou a lição. Espero que para sempre. Trouxemos o Cien Sun infantil 50+ em pistola que recebeu a distinção da Deco Proteste de “O melhor do teste”.
Eles estão felizes e eu também.